31 agosto 2008

[..Dor____Silêncio..]



De ontém até agora eu fiquei às avessas...
Não percebi o que tinha me tornado
Não mais do que viva
Eu quase nem sobrevivo

Nenhuma palavra...

Não escutará nenhum som
Ela está encolhida no canto da minha boca
Mas ainda assim
A tela está oscilando
Eu gastei muito tempo
Num raio sem-fim de lixo para

Às avessas

Até Minha pele está insensível
Um mar de imagens casuais
Ao toque humano um animal auto-destrutivo
com o coração sangrando

Esperando...

Não está batendo muito
Eu sussurrei
Um voto de silêncio e agora

Eu nem mesmo me escuto
Quando penso em voz alta
só ouço eco de dores
Visito minha escuridão
Com um sorriso vazio
Estou me arrastando de volta à vida

Todo meu sistema nervoso está fudido

Eu estou às avessas

Olhe para mim agora ! ]

De alguma forma estou mais pálida
tentando respirar...
Estou engasgando
Faz tanto tempo desde que falei
Quem quer ficar
Com as palavras da minha boca?

Com essas palavras eu posso ver
claramente quem eu sou
Apenas tome seu tempo
Agora posso me ouvir novamente

(estou presa neste amor)

Estou com você agora
Estou ferida de todas as formas

Eu fumo um cigarro
e corto meus pulsos
um sonho às avessas

Taça de vinho,
sangue
e cianeto
não amputo meus impulsos

Desmaio ao devaneio no meu leito


[Tatyana]



"Doces sonhos produzem isso"


vivendo às avessas



"Peregrinei
Onde toda dor
Certo dia
Só terá sabor de prazer
Mais alguns momentos
E estarei livre
Intoxicado
Na mentira envolvente do amor
A vida eterna
Surge qual onda diante de mim
Observo do cume
Observo a ti
Ó Sol, deves desvanecer
Sob a colina
Uma sombra irá trazer-te
Irada frieza
Ó, atire em meu coração amor
Atire até que eu me vá
Até que adormecido
Ainda ame!
Eu sinto o fluxo da
Correnteza da jovem e generosa morte
Que transforma meu sangue
Em bálsamo e éter!
Com fé e vontade
Eu vivo os dias
Com um êxtase sagrado
Morro a cada anoitecer"

[Novalis]


......................


Um..Vazio...]


Há dias que nascem ao contrário
Como se morressem nos primeiros raios de sol

Há dias que sangram em vez de
amanhecer dias que relutam em
despir o luto da madrugada

Pra se vestir de ocre e laranja
dias que desabrocham em quietude e solidão
No desaprender de esperar
Desas sosseguei mil manhãs nascidas

Ela[eu] acordou com o gosto do nada
Enxergando a sua vida em 8mm preto/branco
Toma café e percebe que tudo ali tem gosto
de sobra de vencido de velho

Vê que o papel de parede decorado
é mofo que as portas estão carcomidas
de paredes manchadas pela umidade
de camas geladas que parecem molhadas
e ouve as baratas dentro das gavetas

Ela[eu] sabe que é amanhã pode ser tarde

Ela[eu] sai pela porta e deixa a covardia
presa no banheiro junto coms eus anti-depressivos

Ela[eu] volta pra casa pela milésima
septuagésima terceira vez e
carrega os olhos repletos de des
expectativas inundados da ausência
dos espectros que aprendeu a
desesperar caminha lenta pelas
mesmas ruas encharcadas de
impossibilidades reflete-se nas
vitrines que lhe vêem passar só
e busca nos bolsos o calor
das mãos tão distantes

Ela[eu] anda como se soubesse do
rumo que há tanto deveria ter
tomado como se a estrada que a
levaria lá sempre tivesse estado
estendida na porta da sua casa
e seus passos são leves e rápidos
mais rápido e não tão leve um
coração descompassado
Há medo e angústia sensação
de nadar a favor e em favor de si

Ela[eu] dobra a esquina como
sempre e todo dia olha para
o chão ocupada com o piso
irregular e mais uma vez no
fundo nega a esperança torta
do que poderia ser desacreditando
do que será por ser demais

Ela[eu] caminha alheia a tudo de si
Esquecida do que é

Ela[eu] sorri tendo vontade de chorar
Fica pra depois dividir o sorriso
Assim inauguro-se, só mais um dia...
Renascendo à cada manhã
Num espaço desigual
O casulo em construção
Então

Respiro

Resguardo...

Paro

Reparo

E vejo

Sinto

Penso em voar
Mas antes de voar
Sinto a dor do crescer das asas
Depois da dor

Esquece como é andar

Não quero renascer a cada manhã ! ]


.............


30 agosto 2008

VENDE-SE UM VESTIDO..


Vende-se um vestido preto,
Bordado com lágrimas de vinho,
Costurado com traços de prazer
Rendado com ósculo ao luar.
Tens o odor da noite,
Afago e açoite.
Seu tecido acariciado,
Nos botões, rebento de gato.
Em retratos foi pintado,
Já fez inquietos enamorados.
Sua historia és da boemia,
Os decotes de fantasias.
Um vestido vivo,
Andou dentre os mortos,
Freqüentou os botecos da Rua Augusta,
Os laços acorrentam as lutas.
É de genuína seda...
Como seda a película que já o gastou.
É de picante sensualidade...
Pois libertina foi sua casualidade.
Traz na etiqueta o verbo inspiração,
Abandonou bardos pacientes do coração.
É um vestido alongado...
Tão comprida és sua reputação.
Adormeceu em cabeceiras de hotéis,
Amassado em cima de tonéis.
Um vestido que consecutivamente se vestia,
Com o vulto mais soberbo de Virgem Maria.
Atualmente está no armário,
Confinado com livros de Kerouac e Neruda.
Adormecendo em densa alquimia...
Do lisérgico amor.
[Eliseu CF]
........

Pai Nosso..

" Pai Nosso em Aramaico"

Abwun d’bwashmaya
Nethqadash shmakh
Teytey malkuthakh
Nehwey tzevyanach
aykanna d’bwashmaya aph b’arha.
Hawvlan lachma d’sunqanan
yaomanaWashboqlan
khaubayan
[wakhtahayan]
aykana daph khnan
shbwoqan l’khayyabayn
Wela tahlan l’nesyuna
Ela patzan min bisha
Metol dilakhie malkutha
wahayla wateshbukhtal’
ahlam almin.


Ameyn


................

29 agosto 2008

A flor da pele..!

___________________________


Os sonhos arrancaram-se meu

cOraçãO agOra

SangrO e chOrO

comO uma garOtinha

Que perdeu

tOdas suas bOnecas e

viu seus ursinhOs

cOmeteram suicidiO...

___________________________



................

28 agosto 2008

Sozinha...]

[?]

Arranque de mim eu mesma...estou
em agonia...agonia....agonia...agonia...

Minha alma hoje dói

Agonia..minha alma em
agonia...agonia...agonia..agonia..

Eu sou

Um amontoado de situações e informações
oscilando entre dois pólos
Uma amálgama imperfeita
entre o conteúdo e a frivolidade
A mistura
do social e a solidão,
das luzes
e da escuridão

Agonia..minha alma em
agonia...agonia...agonia..agonia..

Um beco onde a minha entrada
é a tua saída um desajuste entre
o burlesco e a doçura
que perdura na candura

Controversa na loucura que
assiste todas as negações
e anarquias mentais

Não te fascines

Eu Sou apenas e só

Um clichê

Agonia..minha alma em
agonia...agonia...agonia..agonia..

Pinta o meu mundo das cores
que te seduzem, apenas porque
meus desejos não me pertencem
Pinta-me em branco
Sonha-me em azul

"Não sei porque"

acho que em ti centraria
aquilo que sinto

Agonia..minha alma em
agonia...agonia...agonia..agonia..

verbalizando o que penso

O que é suposto eu fazer para te ter,
num espaço indefinido
Finito e colorido de prazeres

[?]

Agonia..minha alma em
agonia...agonia...agonia..agonia..

Dizer-te quem sou é tão banal
e desnecessário me conheces
mais que eu mesma

Eu sou um conjunto de condições e conjecturas,
pulando entre um capricho e outro

Agonia..minha alma em
agonia...agonia...agonia..agonia..

a divisão entre o ascetismo e o
prazer uma mescla informe entre
dúvidas e confianças bailarina
dançando incessantemente ao
som do murmúrio dos ventos

Arranque de mim eu mesma...estou em
agonia...agonia....agonia...agonia...

um corpo dividido entre a sanidade e insanidade

Agonia..minha alma em
agonia...agonia...agonia..agonia..

um projeto estudado, na paciência esperado
um sonho sonhado que tudo faz para não acordar

Não te fascines
Eu Sou apenas e só
Mais um cliché


"Na angústia, o homem experimenta
a finitude da sua existência humana.
Todas as coisas supérfluas em que
estava mergulhado se afastam
deixando-o a nú

[Sartre]


"Alma feita somente de granito,
Condenada a sofrer cruel tortura
Pela rua sombria d'amargura
- Ei-lo que passa
- réprobo maldito.
Olhar ao chão cravado e sempre fito,
Parece contemplar a sepultura
Das suas ilusões que a desventura
Desfez em pó no hórrido delito.
E, à cruz da expiação subindo mudo,
A vida a lhe fugir já sente prestes
Quando ao golpe do algoz, calou-se tudo.
O mundo é um sepulcro de tristeza.
Ali, por entre matas de ciprestes,
Folga a justiça e geme a natureza"

Poemas Esquecidos

[Augusto dos Anjos]



Arranque de mim eu mesma...estou em
agonia...agonia....agonia...agonia...




.................

..Uma Direção..!!

T. S. Eliot:
‘Numa terra de fugitivos aquele que anda
na direção contrária parece estar fugindo.’

É fácil entender os que andam
na direção em que todos andam

Seus pensamentos e atos têm suas
origens no tempo e são expressões
da teia das relações sociais em que
estão enraizados

Eles pensam e falam aquilo que
a linguagem ‘gregária’
os obriga a pensar e falar

A linguagem gregária é como
um jogo de xadrez, com uma lógica
rigorosa e desenvolvimento previsível

Os que andam na direção contrária,
entretanto são aqueles que dizem
o que não se pode adivinhar
e que não era previsto

Seus pensamentos e palavras
são sempre um susto, uma surpresa,
um lapsos freudiano

Estes são:

Os hereges

Os poetas

Os místicos

Os visionários

Os palhaços

Os profetas

Os loucos

As crianças
(antes de terem sido normalizadas pelas escolas...)

Não são seres desse mundo

(?)

O que dizem sugere que suas
raízes estão fora do tempo

Estarão na eternidade?

A fala dos que andam na direção
contrária atravessa os séculos

Isso explicaria também os sentimentos
de solidão e exílio que são a marca

Dos que caminham em direção contrária

[Drummond] disse:
‘distância, exílio e viagem
transpareciam no seu sorriso benevolente’
E ele mesmo disse que o seu principal
defeito era‘uma certa ausência do mundo’

Também [Nietzsche],
lamentava a sua solidão e exílio
Desesperado de não ser entendido
disse que nunca mais falaria ao povo;
só falaria aos amigos... e às crianças...
alguns nascem póstumos

Os que andam na direção contrária
são sempre sacrificados,
de um jeito ou de outro

Não haverá o bater de asas das borboletas
se a vida não passar por longas e silenciosas
metamorfoses

Há apenas um mundo e ele
é falso,
cruel,
contraditório,
sedutor,
sem sentido.

(...)

Um mundo assim é o verdadeiro mundo

(...).

Precisamos da mentira para
triunfarmos sobre essa realidade,
essa "verdade", i.e., para viver.

(...)

Que a mentira seja necessária
para se viver é parte desse
caráter terrível e questionável da existência

[Nietzsche]

São muitos os caminhos através
dos quais buscamos compreender
os outros,
a natureza,
a sociedade
e, sobretudo,
a nós mesmos

Nossa vida, aliás, é uma constante
busca da verdade sobre o que
pensam e dizem de nós,
sobre o que pensamos e
dizemos dos outros, sobre a vida

Cada um desses muitos caminhos
tem suas peculiaridades,
seus pressupostos,
suas teses,
suas contradições
e seus desdobramentos.

Nenhum deles
é melhor
ou mais importante
ou mais sério
ou coisa que o valha...

Não há caminhos certos e caminhos errados.

Há caminhos...

Todavia, percorrer esse ou
aquele significa estar de acordo
com suas exigências e, evidentemente,
com as suas implicações e conseqüências

A filosofia é um desses caminhos


CONHECE A TI MESMO


difícil e penoso, mas só por este
caminho a sua verdade pode ser
alcançada renunciando às construções
cosmogônicas fantasistas, mergulhe
na sua solidão,encontre-se no seu desepero

Quanta verdade você pode suportar?

Andava na direção contrária.

Pensava o que ninguém pensava.

Fazia o que ninguém estava fazendo,

[Gandhi] No dia 30 de janeiro de 1948 foi assassinado
A poesia não é uma liberação da emoção,
mas uma fuga da emoção; não é a expressão
da personalidade, mas uma fuga da personalidade
Naturalmente, porém, apenas aqueles que
têm personalidade e emoções sabe o que
significa querer escapar dessas coisas


[Tatyana]


......................

27 agosto 2008

[ Um Pouco de Min...]



Toda a minha vida Vivi numa redoma de vidro
Tentei infinitas vezes
Estilhaçar tal prisão
E por alguns anos,
Julguei tê-la quebrado

Por fim...

Hoje dou por mim
Novamente a ver a vida
Passar lá fora
Num misto de realidade e ilusão
Que já não distingo
Quando julgo poder tocá-la

Sinto o vidro

Se houve tempos
Em que lutei
Com todas as minhas forças

Eles passaram!

Hoje continuo a ter a mesma sensação
De vida não vivida
De mera espectadora
Aprisionada em minhas filosofias
Sem nunca ter conseguido voar
Com os punhos cerrados
Lavados em sangue
Tentei quebrar
Tal prisão

Mas foi em vão
Esgotada e ferida
Finalmente apercebi-me
Que jamais o conseguiria

Desisti!

Se por alguns anos apenas
Julguei estar livre mera ilusão
Gerada pelo reflexo
Da vida dos outros
Nas paredes planas e frias
Do vidro cristalino
Que sempre me cercou

Já desisti de tocar
Quem passa
De andar
Para a frente e para trás

Enjaulada

De mudar seja o que for
A realidade
É que logo bato numa parede

Fria E cristalina Enganadora Mas real

E todo o meu esforço
É fracasso
É dor

Hoje já não luto
Já não tento entender
Nem sequer pretendo ver
Olhar para fora

Hoje até me cubro de negro
Para que a luz que atravessa o vidro
Não me fira
Nem me traga imagens
Da vida que nunca poderei ter

Hoje sou eu

Quem se fecha sobre si mesma
Querendo já
Que a redoma não fosse vidro

Mas somente pedra
Sem sons,
sem vida
Sem nada

Que me pudesse fazer desejar tal vida
Para que esquecesse
Finalmente tudo
O que jamais poderei ser
Hermética,
pura,
anti-social,
perdida

Recolho-me aos confins
De mim mesma
Devorando-me
Numa alma sem cor
Já não quero nada!
A luz encadeia-me
Os sons atordoam-me
Os movimentos desnorteiam-me

Num recanto
De um quarto escuro
Escorrego meu corpo
Caída num parede fria
No chão choroAtordoada
Numa angústia sem fim
Mutilada por dias iguais
Banais Já nada espero

Senão o fim...


Evanescence/My_Immortal


só me deixe aqui quieta....
vem derrepente um anjo
triste perto de mim...
essa febre que não passa......



..................

Queres ajudar-me a [des]contar dias?



Escrever estas linhas turvas Carregadas
de um senti-mento imóvel e triste
E dar mais brilho ao sangue
que escorre do que antes

Foi vivido na dor.


[?]


Conto os dias com ausÊncias !!
O mono-logo que se perdem em vãos!

Vejo-os escorrer por entre meus dedos.
E assim faz com que eu me sinta mais e mais perdida
Ao ver o afogar de meus sentimentos e devaneios

Já sentiu isso que to sentindo ?
Já viu como é o dissipar dos dias ?
Já teve a a solidão por companheira...De cabeceira...?

Alguma sugestão

[?]

Posso até me trancar num quarto escuro

E CHORAR Lágrimas..!

Já que elas se desprendem de meus
olhos como se fossem tão naturais como um sorriso.

Mas minhas lágrimas ja não tem tanta valia!

Pois... afinal
Se tornaram freqüentes
Nesses dias de-correntes


A indagação

Que não quer calar...
Perguntes pode perguntar!
"poque choras então"?

[não sei !....mais pelo que ou o porquê do choro]
sei apenas que isso parece me consumir um
dia a mais sem me preocupar com a dor

Você me entendeu !
Sabe do que falo ?

Comprendeu-me ?

[ junte-se.. entre dentro do meu Caos ]

Sinta o ar sendo vagarosamente roubado de seus pulmões
Sem te dar a chance de relutar

Mas do que te adiantaria respirar
De nada adiantaria...
não hoje, não agora.

Pois sabe !
Que neste momento!
Nada mais significa...

A lágrima


..................

26 agosto 2008

Eu..]


Molecular ínfimasinto
-me pequena
Vulnerável

Meu espírito insano procura serenidade
Perde-se na ilusão de simplesmente imaginar
Desço ás profundezas do inconsciente
No fundo do meu ser a luz vacila, esfuma-se
Silêncio em tudo

Estou exausta!

"Hoje a tristeza não é passageira""

Só me deiXe aqui quieta,isso passa
"hj chorei no banhoum maço de
cabelos, na mão me pergunto

[?]

o que importa, afinal imagem não é nada

remédios
remédios
remédios

"Dias sim dias não eu vou sobrevivendo
como um arranhão vendo a caridade de
quem me detesta"

As palavras queimam-me
As frases gastam-me
As letras quando as junto, magoam-me

Por vezes tento poupar-me

pessoas são como música que eu seja essa

"Na desgraça, pensar em outros que são
mais desgraçados, é o nosso maior consôlo:
é êste o remédio eficaz ao alcance de todos.
Porém, como os carneiros, que saltam no prado,
enquanto o carniceiro faz a sua escolha no meio
do rebanho, assim, em nossas horas felizes,
não sabemos que desastre nos prepara o destino,
justamente nesse momento:
enfermidade, ruína, loucura, perseguições, etc..."

[SHOPENHAUER]





As borboletas batem suas asas...
fodam-se as borboletas!!!!!!!!!!



.....................

25 agosto 2008

Escuridão...!!!



E quando o nosso "destino"
não parece ter sido feito para nós...

E quando parece que estamos viver a vida de outros...

Já fui fantasma das minhas próprias sombras,
como ansiedade permanente em cada gesto.


Já fui dúvida verdadeira, juras de amor
perdidas em parte incerta.

Já fui dor, sorriso, útopias e aventuras
de alguém que se perdeu dentro de si.

Todas as rezas que foram feitas,
são palavras trocadas e sem sentido.

Todas as profecias que foram levantadas do
chão, são hoje pó que permanece inerte.

Já fomos gestos no ar, desenhos de tons,
sons de morte, traços de cores esbatidas
nas telas das nossas vidas.

Já fomos compasso perdido no sentido
do próprio tempo, loucos que correm
pelas ruas em busca do seu tesouro.

Já fomos pedintes que estendem a
mão e trocámos tudo o que sentimos,
por aquilo que pensavamos que existia,
para além de cada respiração nossa.

Já fui vida;

Já fui morte;

Já fui pequenos fragmentos de vida
que nunca pertenceram á minha própria sorte...

extração

[landeiro]


...................

Doi? só Qando Respiro..



Somos Todos Ban-que-tes

Antítese

Do pensar

Figura de retórica em que uma palavra
idéia ou proposição contradiz ou se opõe
deliberadamente à anterior

A minha Dor está (a) descoberta
Sou um labirinto de trevas
Rosário de poemas lentos
Electricidade anemica
Sou um labirinto per-pétuo
Paredes rectilíneas percorridas
por cristais translúcidos

Sou uma Cria (da)
- (tua) luxúria

Não me arrependo de colecionar
Desilusões como dilúvios flamejantes

Sou a mais pura carne putrefacta!!!

Será que encontrei a criatura ideal
Amante
- confidente Algoz
- Redendor (?)
Caus-alidades

(Q) Causam É o vínculo que correlaciona
fenômenos diferentes fazendo com que
alguns deles apareçam como condição
da existência de outros a idéia de causa
está associada à da ação de alguém que
cria algo certos acontecimentos são
considerados responsáveis pela
produção de novos acontecimentos
idéias de causa causalidade efeitos

Ad-versos (em) Versos

- EfeitosEsforço de dar sentido aos pensamentos

IN-sanos

IN-constante

IN-Decadencia

Causalidade X reção de causa e efeito
é o vínculo que correlaciona fenômenos
diferentes fazendo com que alguns
deles apareçam como condição
da existência de outros

Na vida cotidiana a idéia de causa
está associada à da ação de
alguém que cria algo

Idéia semelhante é inspirada
pela observação da natureza
certos acontecimentos são
considerados responsáveis
pela produção de novos acontecimentos

São características básicas dessa
relação a anterioridade temporal

A causa precede o efeito

E o vínculo de determinação

O efeito depende da causa

Subjacente ao princípio de causalidade
está a idéia de "condição suficiente"
aquele fato coisa ou situação cuja
existência ou ação basta para produzir
o fenômeno observado“Causar” como
verbo intransitivo.

A tênue fronteira entre o ser e o não ser
Roço-a com minhas medrosas asas
Fragmentos de perdida poesia
A minha poesia em farpas rasga alma

Ácida

Corroendo

Entranhas

Palavras x causar

Pedra que tento lapidarcinzelar moldar
Dura bruta Etérea escapaNão se deixa
Quero toda a tua fome

In-com-fes-sa

Sus-sur-ra-da

An-cestral

Quero o teu peito fora de compasso
tua respiração em lapso colapso dos teus sentidos
Quero prender-me no claustro do teu abraço

P erder-me

E (me) encontrar no Rastro dos teus passos

Enrredar–me na trama dos teus desejos desnudados

Meus olhos Reflexos do Q-causam os Teus Anjo da guarda
– carcereiro“Sou assim simplesmente confusa

"como já disse uma pintora que fez de sua vida
uma obra surreal com pinceladas de dor algumas de
lágrimas e muitas cicatrizes em alto relevo”



..........................


23 agosto 2008

Sil^ncio...]

Respirando,
sensações,
momentos,
pausas.

Perdendo a noção das horas,

Dos nomes, das caras.

Sendo só eu e aquilo que me faz ser.

O Caos das Sensações.

eu não quero escrever nada
porque nestas alturas gosto
de ouvir apenas a

res. pi .ra. ção.

gosto de ouvir o

si l^n cio

daquilo que é mais humano.
concentrar-me no toque,
na inti mi dade,
na lucidez do

v a z i o

que se espande depois
da explosão de todas as coisas.
não quero escrever nada.
não quero dizer nada
que quebre este silêncio frágil
este suspirinho fininho
que percorre a espinha.

o nevoeiro voltará
alternando o ruido
com sensações
mas por agora...

vou p. a. r. a.r

................

[...DOR...]





____________________________

"Disseste que se tua voz tivesse força igual
A imensa dor que sentes
Teu grito acordaria não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira"
____________________________
[Renato Russo]






[...DOR..]






Era/Amemo





"A vida é dor
Quem deseja, sofre;
quem vive, deseja; a vida é dor.
Quanto mais elevado é o
espírito do homem, mais sofre.
A vida não é mais do que
uma luta pela existência
com a certeza de sermos vencidos.
A vida é uma incessante e
cruel caçada onde, às vezes
como caçadores, outras como caça,
disputamos em horrível carnificina
os restos da presa.
A vida é uma história da dor,
que se resume assim:
sem motivo queremos sofrer
e lutar sempre, morrer logo,
e assim consecutivamente
durante séculos dos séculos,
até que a Terra se desfaça."

[Schopenhauer]






[...DOR...]






_____________________________

Quid autem est amare, nisi velle
bonis aliquem affici quam maximis,
etiamsi ad se ex iis nihil redeat?
______________________________






[Uma agonia ,
uma vontade ,
uma loucura
Esse tormento ,
essa insanidade
O sequestro da alma
Esse dia que não passa...
essa dor...
esse silêncio.]


.....................

[ Exclusão de Pensamentos ]



Percebi o silêncio das coisas.
O eufemismo da solidão.
Quero ficar aqui a ouvir o meu nada. ....

Hoje ao acordar
Cumprimentei a solidão.
Simpática até.
Porque sós, já todos nós somos.
Difícil é sentirmo-nos nós.
Mas ao sentir
Percebi que gostava dela.

Não é aquela solidão do sentir-se só
De sentir que não há ninguém
De sentir que não se faz falta.

Não.

É aquela solidão rodeada de muita gente,
de olhares diferentes,
de cheiros amargos,
de sabores que cheiram a revolta,
de toques que não se sentem.

É uma solidão
sem dor,
sem rancor,
sem saudade.

E aí

[?]

Sei que o sol é para todos
Mas a solidão é só para quem pode.


[kingdom-for-a-heart]


...................


22 agosto 2008

Pensando...!!!



...um café
cigarro um trago
Tudo isto não é vicio
[ ! ]
São companheiros da minha solidão...
desequilibrada
Ahhhhh!!!
Rasgue
Ou DELETE
Tire-as de dentro de mim

[ ! ]

Todo dia amanheço e me [re]invento
Hoje foi diferente"passou um anjo e roubou minhas letras"

fiquei no Vazio:
Do lat. vacivu

Adj.,

Que não contém nada ou só contém ar;
esvaziado;
despejado;
desocupado;
despovoado;
desprovido;
destituido;

fig.,
fútil;
frívolo;
vão;
falto de inteligência;
s.m.,
vácuo;
pop.,
hipocoôndrico;



É? Então tá...foda-se eu

tu te tornas responsável por aquilo que cativas

[?]

Hoje eu cansada de ver que
sempre quero abraçar o impossível,
Meu querer é sempre fatídico
nada que começo consigo terminar,
me perco sempre no meio,

Distância
Ausência
fodendo meu cérebro
Escrevo bem, e dai [?]
O Poeta escreveu tantas palavras
Que não passaram de ficção
Para muitos uma história
Escrita e vivida
Palavras nada são
Além da dor da ânsia
Palavras que enganam
E tornam ainda maior a distância
Mas o poeta também tem um coração
E esse bate de VERDADE
Ou será que o poeta é um robô
programado pra escrever
mas não programado para amar
Talvez por isso estou em curto
Alguém me desconfigurou

[ ? ]



[ ! ]



VAZIO

Eu não sabia eu não tinha
percebido eu sempre achei
que era viva, mas nada sou
além de letras nada é orgânico
é tudo programado estou
presa aqui dentro do seu monitor
Deixa que minhas palavras te beijem
Deixa que minhas letras se cruzem
com teus pensamentos formando idéias e lamentos
Deixa que cada palavra seja um grito desesperado
Deixa elas se encontrarem em ti
Quando nada mais restar
Lê mesmo as palavras que não
escrevo, aquelas que você
traduziu em meus silêncios
Deixa minhas palavras se
tornarem um beijo e assim
mergulharei na sua boca
calando as tuas palavras
Leia meus beijos de letras
em branco tela e silêncios
absurdos

[Tatyana]



PS:"O teu silêncio me disse coisas
que não se encontram em nenhum
idioma, possuem mais sentido
que todas as palavras que já ouvi"


...........

21 agosto 2008

ilusãO...



Nada mais que uma ilusão, um sonho horrível
Algo temível avançou sobre o banquete feliz
E deixou os espíritos numa consternação selvagem

Os próprios deuses não conheciam respostas ou conselhos,
Para infundir consolo nos corações sufocados
A senda do monstro era misteriosa e sem rumo,
Cuja fúria não se aplacava com preces e sacrifícios;
Era a morte que invadiu o banquete com medos

Com angústia, dores cruéis e lágrimas amargas

Agora separados eternamente de tudo
Que inclina o coração à felicidade fluente do prazer
Separados dos que amam, os corações partidos
Em vão saudosos e em desespero sem fim
- Lutam em sonho tristonho
Parecia que tudo era posse da morte profunda!
Que rompeu a vaga próspera da glória do homem

No rochedo inevitável da Morte.

Em vôo ousado, vão ao alto as asas do Pensamento
Os homens cobrem a coisa horrível com o manto da beleza:
Uma bela jovem apaga a vela, para dormir

O fim aproxima-se suavemente, como o lamento do alaúde do amante

Uma sombra fria rasteja sobre a memória:
Assim dizia a canção, pois Miséria a movia.
Ainda indecifrável jaz a Noite interminável
- O símbolo solene de um Desejo distante.


[Novalis]



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20 agosto 2008

NÃO EXISTE VERDADES ABSOLUTAS...


(...) Não há coisa alguma que persista no universo.

Tudo, flui, e tudo só apresenta uma imagem passageira.
O próprio tempo passa com um movimento contínuo, como um rio...
O que foi antes já não é, o que não tinha sido é,
e todo instante é uma coisa nova.

Vês a noite, próxima do fim, caminhar para o dia,
e à claridade do dia suceder a escuridão da noite...
Não vês as estações do ano se sucederem,
imitando as idades de nossa vida?
Com efeito, uma primavera, quando surge,
é semelhante à uma criança nova...
a planta nova, pouco vigora, rebenta em
brotos e enche de esperança o agricultor.

Tudo floresce.

O campo fértil resplandece com o colorido das flores,
mas ainda falta vigor às folhas.
Entra, então, a quadra mais forte e vigorosa,
o verão: é a robusta mocidade, fecunda o ardente.

Chega, por sua vez, o outono: passou o fervor da mocidade,
é a quadra da maturidade, o meio termo entre
o jovem e o velho; as têmporas embranquecem.

Vêm, depois, o tristonho inverno:
é o velho trôpego, cujos cabelos ou
caíram como as folhas das árvores, ou, os que restaram,
estão brancos como a neve dos caminhos.

Também nossos corpos mudam sempre e sem descanso...
E também a natureza não descansa e, renovadora,
encontra outras formas nas formas das coisas.

Nada morre no vasto mundo, mas tudo
assume aspectos novos e variados...

Todos os seres têm sua origem noutros sere.
Existe uma ave a que os fenícios dão o nome de fênix.
Não se alimenta de grãos ou ervas,
mas das lágrimas do incenso e do suco de amônia.

Quando completa cinco séculos de vida,
constrói um ninho no alto de uma grande palmeira,
feito de folhas de canela, do aromático
nardo e da mirra avermelhada.

Ali se acomoda e termina a vida em perfumes.
De suas cinzas, renasce uma pequena fênix,
que viverá outros cinco séculos...

Assim também é a natureza e tudo
o que nela existe e persiste. (...)

Ovídeo, em um trecho de sua obra:
Metamorfoses [pessoas são como música]

Ovídeo mostra a mudança de tudo,
a metamorfose como diz a própria obra.
inconstante, é o que demonstra nossa vida,
e então nos perguntamos os por quês
dessas mudanças; que por vezes queremos
no tempo parar, e não mudar.

Por quê, isso aconteceria agora?

Eu quero...

[?]

... Essa mudança...


"A filosofia é uma estrada isolada numa grande montanha (...)
e quanto mais subimos, mais isolados ficamos.
Quem a percorrere não deve temer,
mas deixar tudo para trás e abrir caminho,
confiante, na neve do inverno. (...)
ele logo vê o mundo lá em baixo,
suas praias e pântanos somem de vista,
seus pontos desiguais se aplainam,
seus sons estrindentes não alcançam mais os ouvidos.
E sua redondeza surge para o caminhante,
que recebe sempre o ar frio e puro da montanha
e desfruta do sol quando tudo lá em baixo
está mergulhado na escuridão da noite."

[Shopenhauer]


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19 agosto 2008

eXiste agora um..[MAS]



[yin e yang]

A primeira remete o repouso e introspecção
A segunda movimento e expanção

Lao-tzu filosofo no século 2:
Palavras em demasia esgotam,
melhor é guardar o que está no coração

A verbarrogia é vazia

O silêncio repleto de emoçãO

Assim estou

Sou a ausência do eu

Sou a ausência das palavras

Sou a ausência da comunicabilidade

Sou uma pedra

De linhas estéticas humanas

Sou a ausência do eu
Sem voz
No chão oblíquo da terra

Esperando as palavras virarem fatos
Talvez uma alquimia "interior"
Onde se trabalha com as "coisas abstractas"
Procurando transformar

O desejo em paciência
A leviandade em firmeza
O receio em ESPE..rança
A soberba em humildade
A luxúria em castidade
O arrebatamento em prudência
E o egoísmo em generosidade

A vida de quem escreve é procurar um sentidO
Por vezes para o que não tem sentidO

É criar labirintos …
É criar magia,
dúvidas
incertezas

Nem sempre as palavras precisam
de ser claras para quem lê
As palavras vêm da alma e não do corpo
Não são formatadas porque são sentidas

Para quê questioná-las ?! ]

Na falta delas ?]

SILÊNCIO

O silêncio compõem
o amor,
a raiva,
o desespero,
a paixão,
a desilusão no seu mais alto
anseio espiritual e afectivO


"Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
Assim como um cálculo matemático
perfeito do qual, no entanto, não se precise.

Estou por assim dizer vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que
eu mesma, e não me alcanço.
Além do que: que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano

- já me aconteceu antes.

Pois sei que
- em termos de nossa diária e
permanente acomodação
resignada à irrealidade
- essa clareza de realidade é um risco.

Apagai, pois, minha flama,
Deus, porque ela não me serve para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis.
Eu consisto, eu consisto."

A LUCIDEZ PERIGOSA

[Clarice Lispector]


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18 agosto 2008

Prometeu acorrentado.

Disseram-me certa vez que prometeu roubou o fogo dos deuses para poder dar aos homens e por isso o mesmo foi acorrentado a uma montanha aonde um passaro vem todo santo dia para lhe punir e lhe fazer lembrar da sua audacia.

Sou Prometeu, rei dos tempos remotos minha coragem ja foi esquecida meu olhos ja não enxergam a beleza do amanhecer.
Sou Prometeu, mendigo das cidadelas, as montanhas de vidro e cristais cegam minha imaginação e este passaro sem vontade perfura meu coração.
Sou Prometeu, não sou Sisifo nem um Hercules da modernidade mas, minha vontade se espalha por entre morros e cidades.

Disseram-me certa vez que o que este heroi fez mudou a maneira do homem viver, pois o fogo abriu as portas das possibilidades infinitas e aquele que me falou certa vez também me disse que o escudo no peito de Prometeu foi destruido com blasfemias não dos deuses mas, dos homens por quem ele se sacrificou.

Sou Prometeu, minha vontade ja não é tão forte quanto a de Atlas que segura o mundo em suas mãos mas, o mundo me segura em seu pensamentos.
Sou Prometeu, você me esquece quando não quer e lembra de mim quando quer.
Sou Prometeu, não se desespere em acreditar que meu coração é meu pois, ja bem sabe que em tuas palavras e mente acredita que teu coração é teu.

Dor...!! ]

depressiva Acepções

Dor sensação desagradável produzida
pela excitação de terminações nervosas
sensíveis aos estímulos dolorosos
e classificada de acordo com
o seu lugar,
tipo,
intensidade,
periodicidade,
difusão
e caráter

Ex.:2 mágoa originada por desgostos
do espírito ou do coração;
sentimento causado por uma decepção,
uma desgraça ou pelo sofrimento
ou morte de um ente querido

Ex.:3 sentimento que surge em
decorrência de dano causado
a outrem ou a si mesmo;
arrependimento, pesar, remorso

Ex.: feria-o, implacável,
a d. do que fizera 4
sentimento de pena com
relação a outrem ou
a si mesmo; compaixão

Ex.: 5 Derivação: sentido figurado
expressão ou manifestação do
sofrimento físico ou moral

Ex.: versos plenos de d 6 Uso:
informal. m.q. hidrofobia dores
substantivo feminino plural7
Uso: informal8 Rubrica:
liturgia católicaos sete
padecimentos da Virgem Maria,
lembrados pela Igreja esp.
na sexta-feira da semana
da Paixão Locuções d. aguda
Rubrica: medicina a que se
manifesta quando ocorre
lesão dos tecidos, sinalizando
para o indivíduo um mau
funcionamento do organismo

[Ger. acompanhada de aumento
da pressão arterial, da freqüência
respiratória e da taxa de certos hormônios.]

d. cansada Uso: informalm.q.
dor surda d. ciática
Rubrica: reumatologia nevralgia
do nervo ciático ou de suas
ramificações provocada por
lesões reais do nervo, por causas locais
(reumatismo, hérnia de disco, osteíte etc.)
ou por afecções de ordem geral
(tuberculose, diabetes, sífilis etc.),
que se manifesta por dores
lombares irradiadas para a
parte posterior do quadril e da coxa,
podendo chegar até o pé; lumbago

Obs.: tb. se diz apenas ciática d. crônica
Rubrica: medicina1 aquela associada
a uma doença crônica 2 a que persiste
mais de um mês, após o tempo habitual
da afecção 3 a que persiste mais de um mês,
após o tempo habitual de uma doença aguda d. da alma

[amor]

1 a espiritual ou existencial,
que abala crenças, sonhos, projetos etc2
Uso: informal m.q. dor de coração 3
Rubrica: psicopatologiam.q. psicalgia d. da mente
Rubrica: psicopatologiaUso: informal d. de barriga
Uso: informal 1 m.q. enteralgia dor ger.
proveniente de uma situação de angústia
ou medo de alguém, de alguma coisa,
de viver determinada situação etcd. de cabeça
Uso: informal 1 m.q. cefaléia 2

Derivação: sentido figura do preocupação
incessante com alguém ou alguma coisa

O Poeta é um fingidor, finge tão completamente
que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente
[Fernando Pessoa]

"Enquanto houver música
Dance bailarina, dance
E com a perfeição de seus passos
esqueça as imperfeições de sua vida
Dance bailarina, dance
E com suas piruetas faça
rodar um pouco de paz
Dance bailarina, dance
E que a dor da ponta amenize
a dor de seu coração
Dance bailarina, dance
E sinta a música, apenas a musica
Dance bailarina, dance
Apenas, dance
Esqueça a dor"

[Patricia Manna]


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Loucura...!!!



No auge da minha loucura

[?][

Ou talvez na máxima da minha lucidez]

Surgiram palavras
Monumentais & avassaladoras
Poemas Enigmáticos & misteriosos
Sílabas Tônicas & desfalecedoras

Tons/proféticos

No passado-imperfeito
Mas, inconscientemente as criei para
serem apenas palavras
Meus olhos não tem coragem
de ver tudo o que minha mente enxerga
Talvez o que minha mente vê
seja apenas um reflexo da hemicrania

Hemicraniado
Lat. emicraniu s. f.,
designação genérica
das cefalalgias hemilaterais;
enxaqueca. :

Ou talvez o infinitamente promissor, futuro

Mas me pergunto

Ele eXiste

[?]

Apesar de intencionalmente ter
deixado algumas migalhas

A grande verdade:
Não eXiste verdade absoluta

[!]

Pelo menos não no mundo utópico

Talvez esteja lá onde
Repousa eternamente
Todo o meu hoje claro e significativo

Mundo/abstrato

Onde quem sabe essa verdade subsista
Mas certamente trouxe boas influências
ao meu pessimismo

E isso ficará

[!]

Onde a única coisa que
poderá deteriorá-la
Será a intencional miopia

Mediante ao pouco de concreto e legível
Que existe nessas enigmáticas palavras


"Há apenas um mundo
e ele é falso,
cruel,
contraditório,
sedutor,
sem sentido.

(...)

Um mundo assim é o verdadeiro mundo

(...).

Precisamos da mentira
para triunfarmos sobre
essa realidade,
essa "verdade",
i.e., para viver.

(...)

Que a mentira seja necessária
para se viver é parte
desse caráter terrível
e questionável da existêncil"

"NietzscheNosce te ipsum"
difícil e penoso, mas só por
este caminho a sua verdade
pode ser alcançada
Renunciando às construções
cosmogônicas fantasistas,
mergulhe na sua solidão,

"encontre-se no seu desepero"

A poesia não é uma liberação da emoção,
mas uma fuga da emoção;
não é a expressão da personalidade,
mas uma fuga da personalidade

Naturalmente, porém,
apenas aqueles que têm
personalidade e emoções
sabe o que significa querer
escapar dessas coisas

"tatiana é preciso ter o caos
dentro de si para dar origem
a uma estrela bailarina."

[Nietzsche]


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17 agosto 2008

E..ELA..PULOU...


ela estava impaciente..
ora liga o radio..
ora liga a tv
anda de um lado pro outro...
impaciente..anda em círculos
pensa...pensa..pensa...
saudades...como dói...
o que fazer pra acalmar
[?]
ela não sabe...
rodopia..rodopia...
telefone não toca!
vai até a janela..
o vento sopra em seu rosto...
um pensamento não
sai de sua cabeça...
se jogar ou não
[?]
anjos caem...
e se tornam mortais...
por ser uma mortal..
se jogar vira uma imortal...
imortalidade....
o espaço e o tempo
não existe mais...
ela vai se jogar...
afinal não e anjo..
vai se tornar um...
um anjo caído...
pra chegar a imortalidade...
criará asas....
chegará ao infinito...
ao espaço...
sem o tempo...
só o espaço
será que é assim
[?]
ela acha que é..
ela vai se jogar...
verá tudo do alto..
poderá ir pra onde quiser..
afinal tem todo
o espaço
o tempo...
o infinito...
suas asas batem..
alçam o vôo
pleno..
completo...
lindo...
[e ela pulou...]
............

Debaixo da Pele...


...Somos apenas MedO
Tenho medo De me abrir aos outros!

Por isso Fecho-me em mim mesma.

Pelo medo de existir.

O medo nos faz companhia
Eu tenho Medo!
Medo De Mim.
Medo Do Que Sinto!

Tenho medo que a minha alma diminua.
Que vá encolhendo
e encolhendo
e encolhendo.

Tenho medo que,
assim, desapareça.

E perguntoO que será de mim,
sem alma. (...)

Há camadas de alma que
vou perdendo, isso sinto.

Devagarinho,
suavemente.(...)
Evaporando-se.
Transformou-se noutra coisa.

Era susbstência,
agora é...
não sei

[?]

Vapor.
Ou fantasma.

Talvez isso
Aos poucos a minha alma morre

Transforma-se em espírito de alma
Fantasma de alma.

Sinto isso
E perturbo-me.

Custa-me ser assim habitada por fantasmas.

Custa-me estar assim a evaporar, aos poucos.

[Gastar Palavras]


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16 agosto 2008

Me Deixem...!!!!



Acordei hoje com certo sentimento
de quem fugiu pelo telhado
E terminou a noite no banheiro
de quatro vomitando na privada

Hoje acordei com a face de mulher
Morreu minha infância
morreu a criança

Hoje acordei de mal
Acordei amarela pregada em álbum
de fotos e descobri que nada sei
chorei meus erros

Despedi-me das flores

Enterrei alguns versos
Já há algum tempo que
todas essas coisas me perseguem

Hoje de manhã acordei
outra pessoa vivi outra pessoa
no mesmo dia-a-dia
de sempre mas outro
Nesse dia-a-dia de sempre
que eu vivi hoje
a música vem de fora
a cor vem de fora

Não fui capaz de inventar o mundo
não fui capaz de descobrir nada

Esperança palavra distante

No dia de hoje
Acordei ausente e mim
acordei tão distante
Que nem a alegria fui capaz de inventar

São muitos os caminhos através
dos quais buscamos compreender
os outros,
a natureza,
a sociedade
e sobretudo, a nós mesmos

Nossa vida, aliás, é uma constante
busca da verdade sobre o que
pensam e dizem de nós,
sobre o que pensamos
e dizemos dos outros,
sobre a vida
Cada um desses muitos
caminhos tem suas peculiaridades,
seus pressupostos,
suas teses
suas contradições
e seus desdobramentos

Não há caminhos certos e caminhos errados
Há caminhos e escolhas



"Na desgraça, pensar em outros
que são mais desgraçados,
é o nosso maior consôlo:
é êste o remédio eficaz
ao alcance de todos.
Porém, como os carneiros,
que saltam no prado,
enquanto o carniceiro
faz a sua escolha no meio
do rebanho, assim,
em nossas horas felizes,
não sabemos que desastre
nos prepara o destino,
justamente nesse momento:
enfermidade,
ruína,
loucura,
perseguições, etc..."

[SHOPENHAUER]


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Minha Ausência...



Mesmo que guardes...

teu silênciote revela

Quando tua boca cala e tuas mãos se crispam
ainda assim eu te sei( )

[faminto desse querer]

quando tuas palavras te Fogem,
recusam-se arredias e
fogem das tuas razões
como um susto,
em um lapso
tua boca denuncia
a tua fome impudente
e arrepia os meus sentidos

Fugaz no teu sorriso
o meu delito
não me escapa

E, mesmo inconfessa
é impossível a nossa fome
nos delata

Cúmplices tu e eu seguimos assim..

distraídas e cautelosas
como se não soubéssemos
da pressa
como se não sentíssemos medo
como se não houvesse
o risco de num piscar de olhos
um impensado suspiro nos desmascare
e deixe expostonoss o impúdico delírio( )

minha palavra guarda
a melodia das minhas esperas

Melodia de horas que não se traduzem
teu sorriso Flor que desabrocha à revelia
E desnuda minha almaa branda
a minha fome de poesia

Não sacia só acalma


___________Tatyana


Posso não ter certeza de nada
nem da noite que amanhece dentro de mim...
versos vivo alma incolor
Posso não ser nada
mas até a dúvida te
implode dentro de mim.( )

...........