29 setembro 2008

A Condessa Sangrenta Elizabeth

A infame Condessa Sangrenta da Transilvania, que foi acusada de bruxa e vampira, que supostamente se valia de sangue de jovens virgens para manter a beleza e juventude conhecida pelo mundo inteiro, nascida em 1560, foi filha de George Bathory e Anna Bathory; a família Bathory foi uma das mais ricas e poderosas da Hungria, os antepassados de Elisabeth foram príncipes e reis.A maioria de suas atrocidades foram realizadas em seu castelo, chamado Cachtice ("Chakhteetsay"), situado na Transilvania.

Foi educada como poucas mulheres de sua época, era muito inteligente, tanto que superava a maioria dos homens, que nem sabiam escrever; ela era uma das mulheres mais belas da Hungria.

Em 8 de maio de 1575 se casou com o conde Ferenc Nadasdy. Como o militar deixava Elisabeth no encargo da disciplina dos serviçais do castelo, poderia se entender que essa disciplina era algo sádico, pois sempre golpeava os seus serviçais, espetando alfinetes em seus corpos. Um castigo comumente aplicado era desnudar as jovens e jogá-las na neve, despejando água fria sobre elas até morrerem de frio.

Em seus primeiros anos de matrimonio não teve nenhum filho devido à constante ausência de seu esposo, mas em 1598 nasceu seu único filho, Paul. Mas na ausência de seu marido ela sempre visitava sua tia Klara, que era bissexual e que sempre estava rodeada de garotas, presume-se que ficavam juntas.

Em janeiro de 1604 Ferenc morreu e Elizabeth começa o seu interesse por banhos de sangue, por finalidades estéticas.Esta prática começou quando uma serviçal acidentalmente puxou um fio de seus cabelos, instintivamente a condessa Elizabeth Bathory deu-lhe um golpe na orelha, o sangue da serviçal manchou suas mãos. A princípio lhe causou asco e correu para se limpar com uma toalha o sangue, porem de repente se deu conta de que o sangue em sua pele parecia rejuvenecê-la. Concluiu que se o sangue de seus serviçais a rejuvenesceria.

Tinha ajudantes nestes macabros atos: sua ama Ficzko; Helena, a enfermeira; Dorothea (Dorka), uma servente e Katarina, uma lavadeira que alegou ter servido a condessa mesmo depois de sua sangüinária carreira.Entre 1604 e 1610 uma misteriosa mulher chamada Anna Darvulia, provavelmente uma amante de Elizabeth, introduziu-a em novas técnicas das mais sádicas da corte.

Uma menina de 12 anos tentou escapar do castelo, porem Dorka e Helena a surpreenderam no flagrante da fuga, vestiram-na com uma túnica branca e a condessa Elizabeth a introduziu em uma espécie de caixa demasiadamente pequena. Uma vez que a menina estava dentro da caixa, esta era levantada e dezenas de pequanas adagas penetravam na caixa. A menina ainda tentava evitá-las, mas Ficzko balançou a caixa de lado a lado e a carne da menina se partiu em pedaços.

Cada vez mais a sua crueldade era aprimorada, a reputação do castelo era cada vez pior. Viam-se no Castelo haviam corpos de jovens, nuas, mortas e torturadas, e até algumas vítimas nobres foram posteriormente encontradas.

O diário de Elizabeht incluía um comentário lacônico sobre a rápida morte de uma das serviçais "... era demasiado pequena".

Chegou uma época em que Elizabeth estava demasiadamente enferma para levantar-se e torturar suas serviçais. Dorothea Szentes, uma de suas fortes criadas levou uma jovem até o seu quarto, onde foi desnudada e amarrada à cama como um cachorro. A condessa saltou sobre ela, abriu sua boca e mordeu-lhe o pescoço, arrancando um pedaço de carne. Depois disto, Elizabeth se desfrutava mordendo o pescoço de jovens donzelas.Após a morte do marido, o Rei Matthias II cobrou uma dívida feita por seu querido Ferenc. Elizabeth pensou em vender dois castelos de sua família na Transilvania, o que atraiu a atenção de seu sobrinho, o Conde Thurso que, por sua vez, reconheceu o perigo que ela representava para o Clã Bathory e planejou confiná-la em um convento. A chegar ao castelo, com o séquito real, encontraram uma jovem mordida na porta
Elizabeth e sua corte não haviam tido tempo de enterrar o cadáver. Dentro da habitação encontraram mais dois corpos.

O julgamento foi em janeiro de 1611. Dorothea e Helena foram sentenciadas, cortaram todos os dedos das suas mãos e posteriormente queimadas ainda vivas na fogueira, Ficzko foi decapitada e depois juntada às companheiras na fogueira. Somente Katarina escapou à sentença de morte.

Apenas Elizabeth se livrou do julgamento, devido à sua linhagem. Seu sobrinho Thurzo escreveu-lhe o seguinte:"Tu, Elizabeth, és como um animal selvagem, estes são os teus últimos meses de vida. Não mereces respirar o ar que há na terra, não mereces ver a luz do Senhor. Desaparecerás deste mundo e nunca voltarás. As sombras te envolverão e te arrependerás da tua bestial vida.

Eu te condeno, senhora carniceira, a uma prisão em vida em seu próprio castelo.
Foi emparedada em seu castelo com uma única abertura para que ela pudesse comer. Em 31 de Julho de 1614 Elizabeth morria aos 44 anos de idade.

Muitas das atrocidades que cometeu a Condessa Bathory foram transmitidas de boca em boca e seus banhos de sangue se converteram em mito. Alguns a consideram mais uma mulher-loba do que um vampiro, porque antes de beber o sangue de suas vítimas ela mordia sua carne.

texto retirado do site UMBRAUM

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28 setembro 2008

TRISTEZA

Fatores Psicológicos

Antes de falarmos sobre a tristeza, precisamos definir os tópicos que distinguem este
sen- timento da depressão.

A tristeza é um sentimento intrínseco ao ser humano. Todas as pessoas estão sujeitas a tristeza. É a ausência de satisfação pessoal quando o indivíduo se depara com sua fragilidade. Enquanto a depressão é a raiva e a vingança digerida na pessoa. Na prática, é uma tentativa de devolver para os outros o que existe de pior em si.

A raiva existente na depressão é resultado da total falta de vitalidade e motivação. Existe também uma infantilização, onde o indivíduo induz o ambiente a ampará-lo e dedicar atenção exclusiva a ele. A depressão inibe a coragem de enfrentar os desafios; regride a busca do prazer e contamina o ambiente a sua volta.

A tristeza não chega aos limites citados na situação depressiva. Pelo contrário, é uma ferramenta valiosa para avaliação das metas de vida. Na infância, o modo de encarar a tristeza será definitivo para estabelecer a personalidade adulta.

Infelizmente, na cultura ocidental não valoriza-se os aspectos emotivos. Assim, um indivíduo se desenvolve crendo que a tristeza é um sentimento negativo, que fragiliza e expõe a personalidade. Por exemplo, uma pessoa insatisfeita num âmbito social sente-se triste, mesmo não tendo uma concepção nítida do que é a tristeza. Neste momento cria-se uma dívida com o próprio passado; o elemento sente que poderia ter aproveitado melhor as outras oportunidades que teve, e que agora o fazem um homem fracassado.

O descaso com os valores humanos acabam por expor o homem contemporâneo ao negativismo, e a busca excessiva pelos bens materiais e status social, compensa a carência sentimental, mas por outro lado, contamina e deturpa a noção de humanismo. Neste caso, a tristeza é apenas uma bússola que aponta a área emotiva mais afetada. Porém, outros sentimentos como o medo e a inveja funcionam como um alerta ao modo de vida desumano. A aceitação do fracasso e da fragilidade fica comprometida, já que o indivíduo direciona o motivo dos seus insucessos a outras causas, quando na verdade seriam apenas conseqüências. Portanto, fica claro que existe uma "auto-sabotagem".

O egoísmo exacerbado, no qual o homem é induzido desde a infância, produz um vazio pessoal. Porém, o bem-estar esta diretamente ligado a satisfação alheia. Se não houver a solidariedade, ou seja, a profunda preocupação com o próximo, o citado "vazio da personalidade" irá expandir-se. A tristeza ocupa este espaço e desmotiva o indivíduo a dar continuidade na busca de qualquer outro valor.

Outro fator que fortemente desencadeia a tristeza é a recusa. A dificuldade em aceitar o "não" torna-se desmotivante e abala a auto-estima. Por outro lado, a rejeição e a incapacidade frente a alguns obstáculos leva a quadros mais sérios e profundos da tristeza.

Várias correntes de discussão psicológica determinam os ganhos secundários do estado de sofrimento. É notório que o indivíduo que sofre, desperta comoção no ambiente, neste caso a atenção dispensada por outros faz com que o indivíduo sinta-se acolhido. Cultivar a tristeza é apenas fazer a manutenção desse estado de atenção e acolhimento despertada, é manter-se afastado e protegido da competitividade e ambição que norteiam a sociedade contemporânea.

Mas na maioria das vezes, a solidariedade e o altruísmo são hipócritas, porque a necessidade da auto-superação e status social faz com que o sentimento de comoção seja verdadeiro, mas o apoio sincero é substituído pelo prazer na derrota alheia. Assim, esta afirmação é concretizada pelo fato de que o assistencialismo não supre as carências afetivas; é apenas um retórico inconsciente que absolve a obrigação da solidariedade.

Geralmente os indivíduos que sofrem de tristeza tem como característica básica de personalidade, impor a sua solidão pessoal para todas as pessoas que encontrarem no decorrer de suas vidas; como uma vingança contra seu sentimento que o martiriza. Assim, tornam-se retraídas, ciumentas e possessivas. Na questão sentimental, impõem ao parceiro uma eterna espera pela doação de seu lado afetivo.

Embora muitas vezes sofremos com determinados relacionamentos, sabemos que a perda pode nos custar ainda mais caro. O maior obstáculo para qualquer tipo de mudança é a desconfiança quase que absoluta em nosso potencial, gerando um receio imenso sobre se conseguiremos construir algo; se os ventos estarão ou não a nosso favor; se o destino ainda poderá nos reservar um mínimo de satisfação perante todo o pesadelo diário em que muitas pessoas vivem.


A face da tristeza

Quando uma pessoa está triste, percebe-se um certo alongamento na face como se estivesse sendo puxada para baixo. A cabeça pode inclinar-se um pouco em um dos ombros. Além disso, geralmente a pessoa tem o rosto pálido e sem cor. Surgem também rugas horizontais na testa. Os cantos interiores das sobrancelhas se erguem, e as pálpebras superiores podem se abaixar. Unida a esse conjunto, a boca tem os seus cantos levemente caídos. Quando o queixo se eleva fica ainda mais marcante a descida da boca.


Por Spectrum


EU TRISTE DEMAIS!

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27 setembro 2008

ORIGEM DOS CEMITÉRIOS..

"Esta a morte perfeita, nem lembranças,nem saudade, nem o nome sequer. Nem isso..."
(Venha ver o pôr-do-sol - Lygia Telles)

Aconteceu no mundo inteiro, um fenômeno curioso no final do século XVII. Por medida sanitária os sepultamentos passam a realizar-se em área aberta, nos chamados campos-santos ou cemitérios secularizados.

Isto já não era novidade, japoneses, chineses, judeus e outros povos já traziam tradicionalizada a inumação a "céu aberto". Os protestantes também, em muitos países o faziam. A mudança afetou principalmente os povos de predominância católica. No Brasil, o enterro fora da igreja era reservado aos não-católicos, protestantes, judeus, muçulmanos, escravos e condenados, até que por lei, inspirada na correlação que se fez entre a transmissão de doenças através dos miasmas concentrados nas naves e criptas das igrejas, se instalaram os campos de sepultamento ensolarados.

Um outro motivo, que embora não diga respeito a realidade brasileira merece ser citado, diz respeito a laicização do Estado e sua separação da Igreja. Um exemplo digno de nota é o caso do Père Lachaise de Paris, que apesar de receber o nome de um padre católico abriga tanto pessoas de várias religiões quanto não-religiosos, sendo um dos dos primeiros cemitérios laicos e também um dos mais famosos do mundo.

A urbanização acelerada e o crescimento das cidades é também uma importante razão para a criação dos cemitérios coletivos a céu aberto, visto que o crescimento populacional desenfreado não permitia mais o sepultamento em capelas e igrejas, que já não comportavam o aumento da demanda.

Numa primeira impressão o fato parece ter explicação simples, mas quando se atenta para o resultado ocorrido, sobre mais de um século, estudando-se o fantástico derrame de fortunas nas construções tumulárias pomposas, dos abastados de cada cidade, quando se verifica a diferença de comportamento entre a sepultura de igreja e a de construção livre arbitrada pela fantasia do usuário, e também quando se considera a história social e cultural do mesmo período, então se percebem outras razões no fenômeno. Não foi somente uma questão do ponto de vista higiênico, ou seja, uma razão metade prática e metade científica (e também política e social), da sociedade oitocentista. Se esta mudança acontecesse apenas por esse motivo, os cemitérios católicos em descampados teriam permanecido sóbrios e padronizados do mesmo modo que os erigidos por irmandades em mausoléus coletivos, ou como os de outras religiões.

A simplicidade dos padrões tradicionais e primitivos continuou caracterizando a sepultura coletiva enquanto o fausto e a arrogância da tumulária individual se desenvolveu espantosamente. Portanto, a verdadeira razão da grande mudança de atitude e gosto já existia há longos tempos no anseio de monumentalizar-se perante a comunidade. Era e sempre foi o desejo dos mais abastados, distinguir-se através de uma marca perene, de um objeto de consagração - o túmulo - pela atração de comparar-se aos grandes personagens da História, sem a menor cerimônia, incluindo nesta leva os soberanos, os faraós, os reis, os papas e os príncipes, que mereceram sepulcros diferenciados dos demais.

Há de fato túmulos monumentais de papas de acordo com a pompa de cada época, contudo sempre integrados à construção da igreja. Há papas que não restaram por virtudes, e sim pela eventualidade do valor artístico, ou monumental de seus túmulos. De qualquer modo, erigia-se a igreja como bem público, integrada ao uso coletivo, e nela se fazia a sepultura do seu doador e benfeitor...

Entretanto em muitas igrejas, originalmente levantadas para serem o jazigo do doador, este descansa sob uma lápide que nem perturba o nível do chão.

A arte tumulária varia com a data, acompanha cada estilo de época, e de região, e jamais sonega o caráter, a espiritualidade do meio em que ocorre. Sob tal prisma, isto é, tomando-se a arte tumulária como representativa desses atributos, podemos entender as estruturas sociais e culturais dos meios, mesmo quando tal se acha restrita a uma parcela da população. Aliás tal restrição relaciona-se diretamente com o tipo de economia da sociedade, estando deste modo a arte cemiterial condicionada a fatores de caráter sociológico, econômico e cultural.

Texto original de Beatrix Algrave
Extraído e adaptado de www.beatrix.pro.br


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26 setembro 2008

RITUAIS..

A palavra Ritual vem do latim Ritualis, e pode ser compreendido como sinônimo de Cerimônia. Também significa o conjunto de determinadas práticas que devem ser precisamente seguidas em ocasiões específicas.

Numa conotação Ocultista, o Ritual é associado à práticas e cerimônias religiosas ou místicas, que podem ser realizadas de forma individual ou coletiva. Neste caso, o Ritual possui duas classificações principais: o Ritual Cerimonial e o Ritual Psíquico.

No Ritual Cerimonial, são necessários vestimentas, instrumentos e materiais específicos. Geralmente são coordenados por uma pessoa (no caso de ser praticado de forma coletiva) ou apenas segue a orientação de um determinado livro (neste caso, praticado individualmente). Este tipo de Ritual é comum nas religiões pagãs e de origem africana, e visa operar mudanças no campo físico.

A segunda modalidade ritualística é conhecida como Ritual Psíquico, na qual desenvolve-se principalmente através da psique e do intelecto do praticante. É uma forma de Magia Natural; é uma projeção mental (visualização) enviada ao Universo com o objetivo de efetuar mudanças no campo físico. Esse tipo de ritual é, geralmente, praticado individualmente por aqueles que iniciam os estudos ocultistas sem fazerem parte de um grupo (seita, coven, etc).

De qualquer forma, os rituais são poderosas e importantes ferramentas que devem ser utilizadas com responsabilidade e consciência. Os Rituais acionam e interferem em energias naturais; criam, alteram ou desencadeiam forças no campo físico, espiritual e astral. Portanto, é aconselhável que o praticante tenha um conhecimento prévio do que irá executar. Apesar das técnicas parecerem muito simples, são eficientes. Mas para que a magia funcione, alguns fatores devem ser observados:

Simbolismo
O subconsciente opera através de símbolos, por isso é importante gravá-los nas velas, em talismãs e objetos mágicos.

Visualização
Ao realizar um feitiço deve-se mentalizar a concretização dos desejos.

Concentração
É o ato de reter um pensamento, imagem ou figura na mente de forma ininterrupta.

O Poder da Palavra
Tudo deve ser verbalizado para que possa surtir efeito.

Mão do Poder
Usa-se principalmente a mão com a qual se escreve, pois é através dela que os poderes são liberados.

Círculo Mágico
Os rituais realizados no interior do Círculo Mágico terão as energias intensificadas. Ao finalizá-lo, deve-se fechar o Círculo.

Por Spectrum



Downloads Disponíveis:
Rituais diversos
Feitiços e Rituais


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ANKH..

"...o plano dos grandes edifícios religiosos da Idade Média, pela junção de uma abside semicircular ou elíptica ligada ao coro, adota a forma do signo hierático egípcio da cruz de argola, que se lê ank e designa a Vida Universal oculta nas coisas... Por outro lado, o equivalente hermético do signo ank é o emblema de Vênus ou Cypris (a impura)..."
(O Mistério das Catedrais – Fulcanelli)

O que é Ankh?

O Ankh é um símbolo que significa, entre outros, a imortalidade. É encontrado nas gravuras e hieróglifos a partir da 5ª Dinastia egípcia, principalmente nos Templos de Luxor, Medinet Habu, Hatshepsut, Karnak e Edfu. Além de obeliscos, túmulos e murais.
No túmulo de Amenhotep II, vemos o Ankh sendo entregue ao faraó por Osíris, concedendo a ele o dom da imortalidade, ou o controle sobre os ciclos vitais da natureza, ou seja, o início e fim da vida. Em algumas situações, é encontrado próximo a boca das figuras dos deuses, neste caso significa um Sopro de Vida. Na tumba de Tutankhamon, foi encontrado um porta-espelho na forma de Ankh, já que a palavra egípcia para espelho também é Ankh. Sua presença também é marcante em objetos cotidianos, como colheres, espelhos e cetros utilizados pelo povo do Egito.

No Ocidente, o Ankh é conhecido como Cruz Egípcia ou Cruz Ansata. Esta segunda denominação tem origem na palavra latina Ansa, que significa Asa. Além destas, o encontramos como Chave do Nilo (ou da vida), Cruz da Vida ou simplesmente Cruz Ankh.

Porém, a maioria dos conceitos ocidentais não é correto, pois os egípcios da Antigüidade desconheciam a fechadura. Portanto, não seria possível associá-lo a uma chave.


Anatomia

A forma do Ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste superior vertical substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações primitivas, possui suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.

A alça oval que compõe o Ankh, sugere um cordão entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e masculino, fundamentais para a criação da vida. Em outras interpretações, representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização. Neste caso, o ciclo previsível e inalterável das águas era atribuído ao conceito de reencarnação, uma das principais características da crença egípcia. A linha vertical que desce exatamente do centro do laço, é o ponto de intersecção dos pólos, e representa o fruto da união entre os opostos.


Cultura & Simbolismo

Apesar de sua origem egípcia, ao longo da história o Ankh foi adotado por diversas culturas. Manteve sua popularidade, mesmo após a cristianização do povo egípcio a partir do século III. Os egípcios convertidos ficaram conhecidos como Cristãos Cópticos, e o Ankh (por sua semelhança a cruz utilizada pelos cristãos) manteve-se como um de seus principais símbolos, chamado de Cruz Cóptica.

No final do século XIX, o Ankh foi agregado pelos movimentos ocultistas que se propagavam; além de alguns grupos esotéricos e as tribos hippies do final da década de 60. É utilizado por bruxos contemporâneos em rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação; ou como um amuleto protetor de quem o carrega. O Ankh também foi incluído na simbologia da Ordem Rosa-Cruz, representando a união entre o reino do céu e a terra. Em outras situações, está associado aos Vampiros, em mais uma atribuição à longevidade e imortalidade. Ainda encontra-se como uma alusão ao nascente-poente do Sol, simbolizando novamente, o ciclo vital da natureza.

O Ankh se popularizou no Brasil no início dos anos 70, quando Raul Seixas e Paulo Coelho (entre outros) criaram a Sociedade Alternativa. O selo desta sociedade, possuía um Ankh adaptado com dois degraus na haste inferior, simbolizando os Degraus da Iniciação, ou a chave que abre todas as portas. Numa outra interpretação, representa o laço da sandália do peregrino, ou seja, aquele que quer caminhar, aprender e evoluir.

Na cultura pop, ele foi associado pela primeira vez ao vampirismo e a subcultura gótica através do filme The Hunger - Fome de Viver (1983), em que David Bowie e Catarine Deneuve protagonizam vampiros em busca de sangue. Há uma cena em que a dupla, usando Ankhs egípcios, está à espreita de suas presas numa casa noturna ao som de Bela Lugosi is Dead, do Bauhaus. Assim, elementos como a figura do vampiro, o Ankh e a banda Bauhaus, podem atuar num mesmo contexto; neste caso, a subcultura gótica. Possivelmente através deste filme, o Ankh foi inserido na subcultura gótica e pelos adeptos da cultura obscura, de uma forma geral.

Desse modo, vemos que o Ankh não sofreu grandes variações em seu significado e emprego primitivo, embora tenha sido associado há várias culturas diferentes. Mesmo assim, lhe foi atribuído um caráter negativista por aqueles que desconhecem sua origem e significados reais; associando este símbolo, erroneamente, a grupos e seitas satânicas ou de magia negra.

Por Spectrum


24 setembro 2008

Seres MísticOs..[VampirOs]

A palavra Vampiro surgiu por volta do século XVIII. Tem origem no idioma sérvio como Vampir, e sua forma básica é invariável nos idiomas tcheco, russo, búlgaro e húngaro.

Lendas oriundas da Eslováquia e da Hungria, estabelecem que a alma de um suicida deixava seu sepulcro durante as noites para atacar os humanos, sugava o sangue e retornava como morcego para o túmulo, antes do nascer do sol. Assim, suas vítimas também tornavam-se vampiros após a morte. As civilizações da Assíria e Babilônia, também registram lendas sobre criaturas que sugavam sangue de seres humanos e animais de grande porte. Outros mitos pregam que as pessoas que morrem excomungadas, tornam-se mortos-vivos vagando pela noite e alimentando-se de sangue, até que os sacramentos da Igreja os libertem. Crianças não-batizadas, e o sétimo filho de um sétimo filho também se tornariam vampiros.

O lendário Livro de Nod narra a origem dos vampiros. Além de A Crônica das Sombras revelando os ensinamentos ocultos de Caim; e A Crônica dos Segredos que revela os mistérios vampíricos.

A tradição judaico-cristã, prega a origem dos vampiros associada aos personagens bíblicos Caim e Abel. Como é descrito no Livro de Nod, Caim foi amaldiçoado por Deus pelo assassinato de seu irmão, Abel. Os Anjos do Criador foram até ele exigir que se redimisse. Orgulhoso, recusou-se e acatou as punições impostas pelos Anjos. A partir deste momento, Caim via-se condenado a solidão e vida eterna, temendo o fogo e a luz, longe do convívio dos mortais.
Caim foi anistiado por Deus após sofrer durante uma era inteira. De volta ao mundo terreno dos homens, fundou e fez-se rei da primeira cidade chamada Enoque. Mas ainda temia a luz, o fogo, e a solidão da eternidade.

Passado-se muitos anos de prosperidade em Enoque, Caim ainda sentia-se só devido a sua imortalidade. Abatido e desmotivado, acabou por cometer outro grande erro: gerou três filhos, que posteriormente geraram outros. Seguiram-se tempos de paz até que chegou o grande dilúvio e lavou toda a Terra. Na cidade de Enoque, sobreviveram apenas Caim, seus filhos, netos e uns poucos mortais. Caim recusou-se a reconstruir a cidade, pois considerava o dilúvio um castigo divino por ter subvertido as leis naturais e gerado seres amaldiçoados como ele. Assim, sua prole reergueu Enoque e assumiu o poder perante os mortais.

Após um período de paz e prosperidade, os sucessores de Caim passaram a travar batalhas entre si. A autoridade dos governantes foi revogada, e tanto os mortais como os membros da prole sentiam-se livres para fundar outras cidades e tornar seu próprio rei. Dessa forma, os imortais ascendentes de Caim, espalharam-se por toda a Terra.

Nesta versão da origem dos vampiros, vimos que tudo teve início com uma maldição divina atribuída a Caim, e depois herdada por sua prole. Porém, torna-se muito difícil estabelecer um limite entre os fatos e as lendas que circundam o mito vampírico, já que boa parte destas informações confunde-se entre os relatos e pesquisas históricas coerentes, com a ficção dos filmes e RPG’s.

Na lenda de Caim, a conotação do termo Vampiro ainda está ligada apenas ao sentido de imortalidade, solidão e aversão a luz. A relação estabelecida entre a longevidade e a sede pelo sangue (que caracteriza a imagem mais comum dos vampiros), deve-se possivelmente, a personagens lendários que viviam anos incalculáveis alimentando-se de sangue humano, após terem firmado supostos pactos com entidades malignas. Outras versões são encontradas em diferentes culturas, e todas combinam fatos históricos com a crendice regional. Portanto, a maior parte dos povos possui uma entidade sobrenatural que alimenta-se de sangue, imortal e considerada maldita. O mito do vampiro é um ponto comum entre várias civilizações desde a Antigüidade.

Uma das maiores referências do mito vampírico é o sanguinário Vlad Tepes (ou Vlad III), que existiu realmente no século XV na Transilvânia. Porém, ele governou apenas a Valáquia, que era uma região vizinha. Apesar da crueldade extrema com os inimigos, Vlad III não possuía nenhuma ligação com os vampiros. O termo Drácula (Dracul, originalmente significa Dragão) foi herdado de seu pai, Vlad II, que foi cavaleiro da Ordem do Dragão. Provavelmente, a confusão se deu através da semelhança entre os termos Drache, que era o título de nobreza atribuído à Vlad II, e Drac que significa Diabo.

A relação entre Vlad III e o mito vampírico foi dada pelo escritor Bram Stocker. O autor de Drácula inspirou-se (provavelmente) nas atrocidades cometidas por Vlad III, e as incorporou em seu personagem principal. A partir deste momento, Vampiro e Drácula tornaram-se praticamente sinônimos na literatura e nas crenças populares.

No Brasil também encontra-se mitos relacionados aos vampiros e outros seres semelhantes. Neste caso, os registros entrelaçam-se com o rico folclore das várias regiões do país. Desde os centros urbanos, até as áreas menos desenvolvidas do Brasil, é comum ouvir-se relatos dos ataques sanguinários de criaturas que perambulam pelas madrugadas. Na maioria das vezes, essas histórias assemelham-se muito com as lendas européias.

Na mitologia indígena existe o Cupendipe, que apesar de não possuir a sede de sangue caracterizada pelos vampiros, possui asas de morcego, sai de sua gruta apenas durante a noite e ataca as pessoas usando um machado.

No nordeste brasileiro conta-se a história do Encourado. Um homem de hábitos noturnos, que usa trajes de couro preto, exalando um odor de sangria. O Encourado ataca animais e seres humanos para sugar-lhes o sangue. Prefere as pessoas que não freqüentam igrejas. Porém, os habitantes das cidades por onde o Encourado passa, oferecem-lhe o sacrifício de criminosos, crianças ou animais de pequeno porte.

Em Manaus, há relatos da presença de uma vampira que atacava os moradores, sugando o sangue através da jugular e deixando marcas de dentes em sua vítimas, exatamente como é contada nos cinemas. Após os ataques, a vampira corria em direção a um rio e transformava-se em sereia, desaparecendo na água. A Vampira do Amazonas possui a capacidade de transmutar-se e força física descomunal.

Em maio de 1973 no município paulista de Guarulhos, foi encontrado o corpo de um rapaz com as perfurações características em seu pescoço. Esse é apenas um exemplo da hipotética ação de vampiros em zonas urbanas. Neste caso, os relatos transcendem a fronteira da boataria e do folclore.

Por Spectrum



Downloads Disponíveis:
O Livro de Nod
A Bíblia Vampírica - (Temple of Vampir)
O Livro dos Vampiros - Jean-Paul Bourre
Drácula - Bram Stoker
Entrevista com o Vampiro - Anne Rice
Manual Prático do vampirismo - Paulo Coelho
Estudo Vampírico
Dicionário Vampírico

* O Livro de Nod, é uma colaboração de Thalita Lima


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OcultismO..

A capacidade humana de questionar-se é uma de suas maiores virtudes ao longo da história. O simples ato de buscar o auto-conhecimento, compreender a própria origem e um significado supremo da existência na Terra, conduziu o destino de civilizações, desenvolveu conceitos que se estenderam por vários séculos e gerou um infinito e crescente ciclo ideológico.

A espiritualidade é o combustível desta incessante busca. É quem santi- fica o homem e consagra a terra. É quem desenvolve o conhecimento e o direciona ao próprio benefício. É neste momento que nasce o conceito de um deus responsável pela criação do universo, de forças e seres superiores que conduzem a existência humana.

A fé, oriunda no espírito humano, e o dogma, são as principais colunas que sustentam as religiões e doutrinas espalhadas ao longo do globo terrestre.

Se toda religião é formada basicamente de fé e misticismo, podemos compreender que religião e ocultismo estão interconectados. Dessa forma, concluímos que ocultismo é o conhecimento secreto das religiões, que pode ser acessível apenas aos membros mais elevados na hierarquia de determinadas ordens.

Na sociedade contemporânea, ocultismo também designa temas sobrena- turais, e até certo ponto, supersticiosos, que não tenham um caráter religioso formal, mas que estejam relacionados às filosofias e doutrinas. A religião e o ocultismo também são responsáveis por criar grupos sociais que podem estar associados a manifestações culturais e políticas, por exemplo.

Não existem bases confiáveis para se estabelecer um ponto de partida comum das crenças. Mas pode ser na cultura dos babilônios e egípcios do período pré-cristão, que está a raiz do ocultismo ocidental. Os deuses e religiões desta época se desenvolveram ao longo das eras, sofreram transformações agregando em si diversos elementos de outras culturas, emergindo novos conceitos e ressurgindo velhas crenças.

Ao longo dos tempos, a humanidade divinizou alguns de seus filhos, que se tornaram profetas e imortais no coração e na crença de tantos outros. O homem sagrou terras, erigiu templos e monumentos, louvou a vida e entoou cânticos em nome de suas divindades e da própria fé. Mas a fé combinada com a vaidade e a ganância promoveu guerras, escravizou, segregou e retardou a evolução do espírito.

Na Cultura Obscura não há apologia à nenhuma crença ou religião. Porém, há, após tantas divagações e suposições, a certeza de que a consciência coletiva caminha em busca do conhecimento e da elevação espiritual, utilizando-se da capacidade de crer e ao mesmo tempo questionar, intrínsecas à alma humana.


Por SPECTRUM


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22 setembro 2008

SolidãO...

As tumbas floridas, no campo sombrio,
Relembram a solidão de um triste poeta.
Nas noites escuras de vento frio,
Cantam corujas na úmida floresta.

No campo sombrio, as sombras das árvores,
Projetam-se na sepultura, triste lar dos esquecidos
Que também para os corvos são lares,
Que logo será lar dos poetas sofridos.

As águas da chuva – úmidas e frias
Caem sobre as flores, doces presentes.
Aos que jazem, uns momentos de alegria,
Que na tristeza da morte estão ausentes

A morte para o poeta seria uma benção,
De uma vida intensa de dores.
Lágrimas correm pela pálida mão
Em sua tumba, lhe aguardam murchas flores.


[Guilherme Luíz F. Rocha]
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Mórbida Alma...

Mais um dia
Mais dor e sofrimento
Solidão é tudo o que me restou
Minhas lágrimas são companheiras
Sempre sinceras
Já não suporto minha própria dor
Sobre mim se encontra o véu negro do anoitecer
A lua fascina-me com seu olhar
As copas das árvores balançam
A brisa toca sutilmente minha face
Como se quisesse me revelar algum segredo
No céu as estrelas parecem milhares de olhos a me observar
Meu coração agora bombeia toda melancolia
para alimentar a minha alma
No meu rosto brota um perverso sorriso
Triste sinal
Manifestado em falsos sentimentos
Preciso fugir!
Preciso me libertar destes horríveis sentimentos
Veja o sangue escorrer em meus braços
Meus sonhos estão destruídos
Minha alma queima
Minhas palavras parecem serem tiradas de um diário
Um diário pertencente a um espírito amaldiçoado
Vivendo seus dias de dor e sofrimento
Minha vida é um purgatório sem fim
Estou prestes a despencar de um abismo
Assista minha morte
Prenda-me num caixão
Apague as velas
Arranque meu coração
Faça-o sangrar
Inume minha alma em um mausoléu
Leve-me ao vale da morte
Mostre-me o caminho
Já não suporto mais
Arrasto-me pelo chão
Suplico pelo fim
Estou a despencar
Não há nada nem ninguém para segurar-me
Apenas a brisa está a soar em meu ouvido
Revelando-me fúnebres palavras até então ocultas
Nostalgia toma conta de meu ser
Estaria eu livre?
Esta sendo executado um funeral de sangue em meu nome
Anjos rezam por aquela alma torturada
Anjos choram por mais uma tragédia
A morte deixou em meu caminho
um rastro de pecados e sangue impuro
Hoje jaz mais uma mórbida alma
Estaria eu livre?


[Aline Yamane]
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21 setembro 2008

CansadA..!!

estou cansada de não ter onde
amarrar minha vontade
estou cansada de verdade,
fatigada e esquisita
sou o contrário do bonito,
o contrário do corretoo
contrário do concreto,
o contrário do contrário
sou o conto do vigário,
mal-contado como sempre
sou uma fraude desde o ventre,
cresci na hipocrisia fingi cara
de alegria, dormi com a injustiça
e hoje por pura preguiça
beijo e abraço minha saudade
estou cansada de não ter onde
amarrar minha vontade

[Ricardo]
adaptado


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20 setembro 2008

O Que te mOve..?



E por dizer demais as vezes não consigo
Encontrar as palavras certas
e me perco em letras

"Minh'alma é a Princesa Desalento,
Como um Poeta lhe chamou, um dia.
É magoada, e pálida, e sombria,
Como soluços trágicos do vento!É fágil como o sonho dum momento;
Soturna como preces de agonia,
Vive do riso duma boca fria:
Minh'alma é a Princesa Desalento...Altas horas da noite ela vagueia...
E ao luar suavíssimo, que anseia,
Põe-se a falar de tanta coisa morta!O luar ouve minh'alma, ajoelhado,
E vai traçar, fantástico e gelado,
A sombra duma cruz à tua porta..."
[Florbela Espanca]
Em Hamlet, se desenvolve um
conflito de consciência do herói.
A dúvida o persegue e traça o
seu destino pois quando ele
se decide já não há mais tempo.

Hamlet morre devido a sua inércia.
O que o faz hesitar diante das
decisões é a sua liberdade de ação

(...)
O trágico traduz uma consciência
dilacerada, o sentimento das
contradições que dividem o
homem contra si mesmo
O mundo moral e mental de Shakespeare é;
a própria base sobre a qual os homens
se movimentam e os acontecimentos
se desenrolam é mais insegura e
parece estar agitada por comoções
internas; não há qualquer mundo
fixo como pano de fundo,
mas um mundo que se
reproduz constantemente
a partir das mais diversas forças

Que força é essa que nos movimenta

(?)

...o que te move

(...)

e as borboletas batem suas asas



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19 setembro 2008

A Morte..

Palavras aveludadas e doces.
Gostaria de viver aqui,
Se assim sincera a morte fosse
Ao esgarçar meu pescoço com a foice.

A morte que na qual brinco com o passar dos anos
Me persegue, me chama, me coloca em seus planos.
Fugindo, rindo e blasfemando
Cada dia que passa, mais eu vou gostando.

Minha morte seria meu descanso eterno
Pois não creio no Paraíso e nem no inferno
Se um Deus existe e Quer me matar
Que seja feita vossa vontade, lá tomo seu lugar.

Caminhando nas sombras do destino,
Longe ouço bastardos na igreja com seus hinos
Prosternando e se rebaixando em um altar,
Sendo que por suas vidas deveriam lutar.

Pois então que a morte leve essas almas
E então veremos se elas serão salvas.
Eu sou meu próprio Deus e assim...
...continuarei minha jornada até o fim.


[Mr. of Darkness]
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[..Uma HistÓria Real..]

O Dia Da Meia Noite

Numa cidade do interior de Minas Gerais,
chamada Ibiá, conta-se um "causo",
que segundo os moradores não é ficção,
mas sim realidade.

Na década de 60, uma enfermeira,
filha de criação de um grande fazendeiro,
iria se casar. Linda era a senhorita,
cabelos negros e longos, pele morena,
corpo de violão, rosto de anjo,
lábios carnudos e sensuais.

Seu noivo, um rapaz da cidade grande,
segundo boatos, estaria mais interessado
nas fazendas da família, do que
na voluptuosa senhorita.

Chegado o grande dia, tudo estava certo:
Uma grande festa na fazenda,
a capela já estava ornamentada e o
padre se preparava tomando "alguns" cálices de vinho.
os convidados chegavam aos poucos,
e o comentário era que os noivos
viajariam para a "Europa" em lua de mel.

No grande momento, eis que entra na
capela, a linda noiva, deslumbrando
beleza e felicidade.

Mas o noivo ao vê-la,
corre e no meio da capela grita:

- "Sinto Muito! Não a amo.
E as fazendas do seu pai não
são suficientes para comprar esse casamento."

Em seguida o noivo foge e a pobre
donzela, aos prantos, se tranca
em seu quarto. Pela manhã, ao
arrombarem a porta,
deparam-se com uma cena horrorosa:

A noiva, nua, só de véu e grinalda
enforcara-se com lençóis.
Estava pendurada no lustre do seu quarto.

A data do casamento: 20 de Maio.

Conta-se que até hoje, nesta mesma data,
à meia noite, a linda noiva aparece, nua,
cavalgando pelas ruelas da pequena Ibiá,
dando gritos de horror e desespero!

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18 setembro 2008

SadismO..

"só porque voce é necessário,
não quer dizer que voce seja importante."

Pulsões/Sadismo..

O sádico é sonhador e lírico, o masoquista implusivo


[Deluze]

Existe um *Que de Masoquismo nos Santos

"Cada um de nós deve matar seu
amor cinco vezes com as próprias
mãos para que o amor renasça
cinco vezes e cinco vezes mais violento."
[Santa Teresa D‘Ávila]

Além do Princípio do Prazer/Pulsão de morte

artigos.net¹

Qual a fonte da pulsão de morte?

O alvo da vida é a morte e a
autoconservação fica ao lado
da pulsão de morte Freud
diz que a pulsão de morte
é silenciosa que não se mostra
à percepção interna
Teríamos uma manifestação
dela na pulsão destrutiva

(A destruição do outro seria
buscada no lugar da própria morte)

Eros e destruição
Sadismo

“Sofro tão incrivelmente
Que morro porque não morro”
[Santa Teresa D’Avila]

O termo “sadismo” refere-se ao
escritor francês Donatien Alphonse François o
*Marquês de Sade, e o termo “masoquismo”,
ao escritor austríaco Leopold Ritter von Sacher
que da mesma forma que Sade,
punha em prática na sua vida
cotidiana as fantasias de castigos
corporais, de humilhações,
imaginados nos seus romances.

Artigos/¹

O que se passa no inconsciente do sádico..
Todo o sádico se arrisca a esconder um
ser capaz das piores cóleras e até da
destrutividade mais insensata uma
aptidão para fazer mal tanto mais
perigosa quanto imprevista ele
não é bruto mas cruel perverso

Quanto maior é a força do instinto sexual
mais ele tende inexoravelmente para
a descarga total isto é para um
mecanismo que curte-circuita
o próprio aparelho psíquico

Acontece um Curto-Circuito
entre Id e Superego
Por algum motivo o Id do sádico desmonta
a distinção entre pulsão de prazer e pulsão de morte

Toda a *pulsão passa a ser de
prazer a melhor carta que o
Superego para fazer valer suas
normas é a ameaça de destruição

Embora objetivamente isso
pareça uma anomalia uma
escravidão na verdade traz
um grande prazer e um grande alívio

A projeção o libera do conflito
o Superego se projeta e o Id
ocupa agora toda a vivência interior

“Não se deve ter medo de ir até ao
fundo das coisas, até à sua
última realidade a dor”
[Santo Agostinho]

E o Ego?

O ego será o vértice de toda a manipulação
entre o Id e o Superego projetado no
Dominador O Id entregará o ego
que lhe transmitia as limitações
para que seja punido torcido
e revirado pelo Dominador
Como um rato cercado por dois gatos

O Ego fica preso entre o Id no
interior e o Superego projetado
sem mais nenhuma capacidade de controle

Terá por função assistir à perversão
- agora no sentido literal
- de todas as suas estratégias
de coordenação do inconsciente

"A contemplação, pede o vazio total
da alma, mesmo que para isso seja
preciso muito sofrimento,
uma ascese interior radical,
praticada com amor
– todo o amor é sofrimento.."
[ Santa Catarina de Sena]

Dicotomia
sadismo psicológicodominação psicológica
Adoráveis ‘monstros’:

"A dor nos aproxima,
não é um fim em si,
mas via de salvação."
[São Francisco de assis]

(fragmentosade/descartes)

“Aprecio o sofrimento por duas razões:
a primeira porque Jesus sempre o preferiu.
Segunda: porque sob o jugo da dor
se embelezam as almas”
[São João da Cruz]

As respostas foram feitas para
quem não sabe formular perguntas!!!

Quem sabe perguntar anda em um caminho sem volta

*A curiosidade

"a única verdade é que vivo.
sinceramente, eu vivo.
quem sou ? bem, isso já é demais" ...
(Clarice Lispector)



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A Morte e o Mito..[Alvares de Azevedo]

A Morte e o Mito

O domingo, 25 de abril de 1852, se iniciara sombrio na casa do Dr. Inácio Manuel Álvares de Azevedo, no Rio de Janeiro. Seu filho Manuel Antônio, o Maneco, pedira à mãe, D. Maria Luísa, que mandasse celebrar uma missa em seu quarto de doente. Sentia que, depois de mais de 40 dias prostrado no leito, vítima de uma série de males, que se manifestaram violentamente após uma queda de cavalo, chegara a hora da morte - que tanto cantara em seus versos de adolescente, apaixonado pelos delírios macabros de Byron e Musset.
Após se confessar ao padre arrumado às pressas, pediu à mãe, grávida de seu oitavo irmão, que se retirasse do quarto, pois precisava descansar. Por volta das 4 horas da tarde, com o auxílio do irmão Quinquim - quatro anos mais moço - ergueu-se um pouco do leito, beijou a mão de seu pai e, a custo, exclamou: "Que fatalidade, meu pai!"

Tentou ainda dizer algumas palavras, mas a boca já se contraía e o corpo jazia imóvel nos braços do irmão.
"Maneco! Maneco!..." Gritavam Quinquim e o Dr. Inácio Manuel.

Do quarto ao lado, D. Maria Luísa, ouvindo e entendendo, soltou um grito desesperado e desfaleceu.

No enterro, discursou o parente Joaquim Manuel de Macedo, médico, professor e já um dos mais importantes e populares romancistas do Brasil, autor de A Moreninha (1844). Entre outros elogios, afirmava que "Deus tinha acendido na alma do mancebo aquele fogo sagrado da poesia, que eleva o homem acima da terra e faz correr de seus lábios, em cânticos sonoros, a linguagem do inspirado".

No dia 27 de abril, o Correio Mercantil, jornal onde então trabalhava Manuel Antônio de Almeida, publicou, na primeira página, uma nota em que se lia: "Nesse jovem, perdeu o Brasil um de seus mais esperançosos filhos, um coração patriótico e dedicado, um poeta cujos vôos deviam elevar-se a grandes alturas, um advogado que prometia em breve conhecer todos os arcanos das ciências jurídicas, pois que ainda no fervor dos anos já lhe eram igualmente familiares os poetas e literatos da Itália, da Alemanha, da França e da Inglaterra, assim como os escritos dos mais abalizados jurisconsultos e publicistas."

Quase um mês depois, a 22 de maio, em São Paulo, a sociedade acadêmica a que Maneco pertencia, o Ensaio Filosófico Paulistano, realizava uma sessão fúnebre em sua homenagem, presidida por Amaral Gurgel. Nos vários discursos e poemas apresentados, "gênio" é a palavra mais usada para caracterizá-lo.

Ao morrer, Manuel Antônio Álvares de Azevedo havia publicado apenas alguns poemas e discursos em revistas acadêmicas de circulação restrita aos estudantes de Direito de São Paulo. Já era, no entanto, considerado, por aqueles que o conheciam, uma grande esperança poética e intelectual.

A sua morte, antes que chegasse a completar o vigésimo primeiro aniversário, privou-nos, nas palavras de José Veríssimo, "daquele que seria talvez o máximo poeta brasileiro". Seria... Talvez... O certo é que a morte jovem criou, como sempre, um mito. O mito do gênio doente e mórbido, que previra a própria morte em "Se Eu Morresse Amanhã":

"Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!"


Vida breve: vida louca?

"Nada que é tudo", todo mito é enigmático. A tão curta vida de Álvares de Azevedo é fonte de inúmeras polêmicas entre seus biógrafos. Discute-se desde o local onde teria nascido, até a causa médica de sua morte. Principalmente, polemiza-se em torno da sua conduta quando estudante em São Paulo. Libertino devasso ou estudante recatado? Vamos aos fatos que parecem certos.
Sabe-se que o autor da Lira dos Vinte Anos nasceu no dia 12 de setembro de 1831, em São Paulo, onde seu pai era ainda quintanista da Faculdade de Direito. Tudo indica que teria nascido na biblioteca da casa do avô, embora haja uma lenda de que o parto teria ocorrido na biblioteca da própria Faculdade de Direito. De qualquer modo, Álvares de Azevedo teria nascido como, de resto, passaria toda a vida: entre livros.

Formado, seu pai se transfere para a capital, o Rio de Janeiro, iniciando logo brilhante carreira jurídica. Aos quatro anos de idade, Maneco depara-se, pela primeira vez, com a morte. O falecimento de seu irmãozinho, Manuel Inácio, deixa marcas profundas sobre o jovem sensível.

Alguns biógrafos atribuem ao choque com a morte do irmão uma febre que o domina entre os cinco e os seis anos, quase o mata, e que o deixaria debilitado pelo resto da vida. Certamente o poema O Anjinho, da Lira dos Vinte Anos, traduz, anos depois, a forte impressão que o episódio lhe causou:

"Não chorem! lembro-me ainda
Como a criança era linda
No frescor da facezinha!
Com seus lábios azulados,
Com os seus olhos vidrados
Como de morta andorinha!"

Ainda adoentado, inicia-se nos estudos com pouco brilho. Ingressa, aos nove anos, no Colégio Stoll, onde logo se destaca, sendo considerado, pelo professor Stoll, "o melhor dos alunos, pela inteligência, pelo espírito, pela amável alegria e, principalmente, pela bondade".

Terminado o primário, já fala francês e inglês e ingressa no célebre Colégio Dom Pedro II para cursar o ginásio. Lá, aprende o alemão, o grego e o latim e tem aulas de filosofia com o poeta Gonçalves de Magalhães, introdutor do romantismo no Brasil. Sempre enfrentando problemas de saúde, recebe com menção honrosa, em 1847, o título de Bacharel em Letras, o equivalente, hoje em dia, ao diploma do Segundo Grau.

Em 1848, ingressa na Academia de Ciências Jurídicas de São Paulo. A partir da sua transferência para a capital paulista até a sua morte, em férias, no Rio de Janeiro, a história se mistura com a lenda e fica difícil distinguir o homem do mito.

Nas suas cartas à família e aos amigos cariocas, assim como na peça Macário, Maneco revela um imenso tédio em morar na pequena "cidade colocada na montanha, envolta de várzeas relvosas" com "ladeiras íngremes e ruas péssimas", nas quais "era raro o minuto em que não se esbarrasse a gente com um burro ou com um padre". A capital paulista era, então, habitada por não mais de 15 mil pessoas, que viviam escandalizadas com as aventuras devassas de uma sociedade secreta de estudantes, fundada em 1845, conhecida como Sociedade Epicuréia. Seus membros, alunos da Academia, chamavam-se uns aos outros pelos nomes de personagens do Lord Byron e tinham, como objetivo principal, colocar em prática as "extravagantes fantasias" do poeta inglês.

Realizavam orgias intermináveis e, diz a lenda, cerimônias macabras nos cemitérios paulistanos.

Chegando a essa São Paulo, Álvares de Azevedo trava logo amizade com dois poetas estudantes, notórios boêmios, Aureliano Lessa e o futuro romancista Bernardo Guimarães. Juntos, planejam publicar um livro de versos, intitulado As Três Liras.
Introvertido, estudioso, Álvares de Azevedo leu com avidez e produziu vertiginosamente durante os quatro anos de Faculdade. Escreveu os poemas reunidos nos livros Lira dos Vinte Anos e Poesias Diversas; os poemas longos O Poema do Frade e O Conde Lopo; o drama Macário; as narrativas de Noite na Taverna e O Livro de Fra. Gondicário; quase uma centena de páginas de estudos literários; alguns discursos acadêmicos e ainda incontáveis cartas pessoais enviadas ao Rio de Janeiro.

Ficaria muito difícil, portanto, a um trabalhador tão incansável, de saúde sempre abalada, ter-se misturado com freqüência às orgias sucessivas e aos excessos dos companheiros boêmios, menos dedicados à literatura e ao estudo. Vida louca? Certamente a dos que o cercavam. A de Maneco parece, aos estudiosos mais sérios, ter se passado fundamentalmente entre os livros e os sonhos.

Duas mortes marcaram profundamente o poeta nos seus últimos anos de vida. Em setembro de 1850, o quintanista Feliciano Coelho Duarte comete o suicídio. Em setembro de 1851, morre seu amigo João Batista da Silva Pereira Júnior. No discurso fúnebre do amigo, Álvares de Azevedo diria: "Cada ano uma vítima se perde nas ondas, e a sorte escolhe sorrindo os melhores dentre nós".

No seu quarto de pensão, compõe um poema dedicado ao amigo e escreve na parede:

1850 - Feliciano Coelho Duarte
1851 - João Batista da Silva Pereira
1852 - ...

Entre os anos letivos de 1851 e 52, vai passar as férias com a família. Passeando a cavalo, a conselho médico, com seu cão Fiel pelas ruas do Rio de Janeiro, para amenizar os sintomas da tuberculose que o afligia, sofre uma queda. Após uma operação, segundo a família, sem anestesia, para a remoção de um tumor na fossa ilíaca - provavelmente uma apendicite supurada - e depois de 46 dias de agonia, deixa a vida para virar lenda.

Extraído do site "Organon"

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17 setembro 2008

OCULTISMO...

A capacidade humana de questionar-se é uma de suas maiores virtudes ao longo da história.
O simples ato de buscar o auto-conhecimento, compreender a própria origem e um significado supremo da existência na Terra, conduziu o destino de civilizações, desenvolveu conceitos que se estenderam por vários séculos e gerou um infinito e crescente ciclo ideológico.

A espiritualidade é o combustível desta incessante busca. É quem santi- fica o homem e consagra a terra. É quem desenvolve o conhecimento e o direciona ao próprio benefício. É neste momento que nasce o conceito de um deus responsável pela criação do universo, de forças e seres superiores que conduzem a existência humana. A fé, oriunda no espírito humano, e o dogma, são as principais colunas que sustentam as religiões e doutrinas espalhadas ao longo do globo terrestre.

Se toda religião é formada basicamente de fé e misticismo, podemos compreender que religião e ocultismo estão interconectados. Dessa forma, concluímos que ocultismo é o conhecimento secreto das religiões, que pode ser acessível apenas aos membros mais elevados na hierarquia de determinadas ordens.

Na sociedade contemporânea, ocultismo também designa temas sobrena- turais, e até certo ponto, supersticiosos, que não tenham um caráter religioso formal, mas que estejam relacionados às filosofias e doutrinas. A religião e o ocultismo também são responsáveis por criar grupos sociais que podem estar associados a manifestações culturais e políticas, por exemplo.

Não existem bases confiáveis para se estabelecer um ponto de partida comum das crenças. Mas pode ser na cultura dos babilônios e egípcios do período pré-cristão, que está a raiz do ocultismo ocidental. Os deuses e religiões desta época se desenvolveram ao longo das eras, sofreram transformações agregando em si diversos elementos de outras culturas, emergindo novos conceitos e ressurgindo velhas crenças.

Ao longo dos tempos, a humanidade divinizou alguns de seus filhos, que se tornaram profetas e imortais no coração e na crença de tantos outros. O homem sagrou terras, erigiu templos e monumentos, louvou a vida e entoou cânticos em nome de suas divindades e da própria fé. Mas a fé combinada com a vaidade e a ganância promoveu guerras, escravizou, segregou e retardou a evolução do espírito.

Na Cultura Obscura não há apologia à nenhuma crença ou religião. Porém, há, após tantas divagações e suposições, a certeza de que a consciência coletiva caminha em busca do conhecimento e da elevação espiritual, utilizando-se da capacidade de crer e ao mesmo tempo questionar, intrínsecas à alma humana.



por Spectrum



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[..Morte & Poesia..]

Mais do que em outras gerações do romantismo, o ultra-romantismo se destacou através do sentimentalismo excessivo e sombrio. Além disso, vários de seus autores tiveram a existência marcada pelo sofrimento, e um reconhecimento literário póstumo.

O autor Cruz e Sousa teve o casamento atormentado pelos distúrbios mentais de sua esposa, e a morte de seus quatro filhos vitimados pela tuberculose pulmonar. Edgar Allan Poe viveu na miséria por muito tempo.

O escritor e religioso Junqueira Freire morreu, prematuramente, aos 23 anos. Casimiro de Abreu morreu enfraquecido pela tuberculose em 1860, três meses antes de completar 22 anos. Assim também foi a trajetória do mais famoso ultra-romântico brasileiro: Álvares de Azevedo.

O paulista viveu e escreveu sob a tétrica fluência Byroniana, falecendo precocemente no dia 25 de Abril de 1852, antes de completar 21 anos. Enquanto seu corpo era sepultado, o amigo Joaquim Manuel de Macedo recitava "Se Eu Morresse Amanhã"; obra escrita por Álvares de Azevedo poucos dias antes. Mas o poeta teria pressentido sua morte?

O inglês Lord Byron morreu aos 36 anos, mas sua poesia é vasta, pontuada nos temas fúnebres e sobrenaturais. Em sua inacabada obra Don Juan, escreveu: "Sobre o tálamo nupcial, dizem os rumores/ Na noite das bodas de leve esvoaça/ Mas ao leito de morte de seus senhores/ Não falha - para gozar a desgraça..." Esta é uma alusão ao fantasma do Frade Negro.

Há uma lenda, que esta aparição invadia a mansão da Família Byron regozijando-se nas tragédias; por outro lado, apresentava-se com feições pesarosas nas ocasiões felizes. Mas este fantasma teria atormentado e, de certa forma, inspirado Lord Byron?

O conceito do suicídio também está presente, mas algumas vezes, esta idéia foi além dos versos e alcançou a vida dos autores. Abalado com o falecimento de seu avô, Lovecraft tentou se matar aos 14 anos, atirando-se de bicicleta no rio Barrington.

A biografia da poetisa Florbela Espanca nos traz um exemplo fatal: após casamentos infelizes, rejeição da família e da sociedade e dois abortos, Florbela suicidou-se aos 36, anos ingerindo uma dose excessiva de medicamentos.

As tragédias pessoais também alimentam a inspiração ultra-romântica.

Fagundes Varela escreveu Cântico do Calvário, uma homenagem ao seu filho morto com apenas três meses de vida. Ainda sofreu a perda de outro filho em seu segundo matrimônio, e faleceu aos 34 anos em absoluto desequilíbrio mental.

Ainda neste contexto, podemos citar novamente Florbela Espanca. A poetisa portuguesa é autora de As Máscaras do Destino; dedicada ao seu irmão que também cometeu suicídio.

Alphonsus de Guimaraens perdeu sua noiva Constança, vítima de tuberculose aos 17 anos. Mesmo casando-se posteriormente, toda sua vida e obra foram marcadas por esta ausência. Portanto, a saúde frágil e muitas vezes debilitada pela incurável tuberculose (segundo o inglês Shelley: "a doença da moda"), decepções afetivas, fracassos financeiros e a perda de entes queridos formaram um quadro dramático comum aos poetas, que parece ter contribuído intensamente na inspiração e refletido nos temas soturnos do estilo.

Assim, a alma dos ultra-românticos manifestava
o tédio, melancolia e desilusão em que viviam imersos.

Mas seriam os poetas "tristes de nascença"?

Ou tornavam-se "poetas tristes" em decorrência
de uma vida repleta de sofrimento?


Por Spectrum


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16 setembro 2008

[...MAGIA...]


Dois tipos de magia são discriminados pelos estudiosos de todas as épocas: a Alta Magia e a Baixa Magia. Jamais devem ser confundidas com magia negra ou magia branca, que se tratam de tipos de magia arbitrariamente designados como tal pela idiossincrasia da moral de quem as trata assim. A Baixa Magia seria a magia de cunho terrestre, geralmente pagã (na acepção etimológica original da palavra: do campo e não como foi posteriormente adotada significando não-cristão) é baseada no desregramento dos sentidos. É baseada na carne, na terra, no suor, no sangue. É o tipo de ritual praticado pelas tribos ditas primitivas e pelos cultos afro-americanos em geral. A Alta Magia seria a magia do controle, a magia do domínio da realidade pelo homem. É um tipo de magia intelectualizada e fria, baseada no puro espírito, ou melhor, na separação platônica da carne e do espírito. O Mago escraviza entidades, ordena coisas, e para tal tem que ser controlado tanto por dentro quanto por fora. O Mago Cerimonial (de Alta Magia) é um sujeito que pratica a abstinência dos prazeres corporais, pois só pode dominar o macrocosmo se seu microcosmo estiver dominado. A missa é um exemplo de ritual de Alta Magia, no sentido de que o padre prega, faz sermão, amedronta, os outros participantes do ritual. Eles comem a carne e bebem o sangue de cristo (resquício pagão) e recebem o Espírito Santo. Tudo muito frio e ordenado, baseado no dogma de um livro (A missa já foi ainda mais cerimonial e cheia de etiqueta, mas um concílio resolveu popularizar o ritual, trocando o latim e o padre de costas pela conversa franca e ameaçadora de um padre regendo pessoas). Na verdade a maioria dos magos cerimoniais era composta por padres ou abades. Eliphas Levi é o maior exemplo. Existe um sistema, um dogma, comum entre ocultistas modernos, que prega a sucessão éonica. Éons seriam períodos de tempo regidos por uma divindade ou característica dominante. Assim, períodos de tempo grandes, mais ou menos 2000 anos, recebem um rótulo, uma divindade, um signo zodiacal, uma característica política, social e uma característica religiosa dominante. Acredita-se que o presente éon começou neste século ou está por começar, e as características desse Novo éon ainda são enevoadas. O primeiro éon (da época histórica) seria o da Deusa, como geralmente a iconografia é egípcia (a idéia de Aeons seria originalmente egípcia), Ísis ou Nut fica como regente desse período. Geralmente se atribui uma organização social matriarcal a este período, mas esta idéia é historicamente incorreta. A organização era tribal ou em clãs, em geral patriarcais mesmo (Algumas sociedades já tinham até um estado semelhante ao moderno, mas baseado em dinastias, como o Egito. Na verdade o Egito e o Oriente Médio nos deram a religião e a organização social do próximo éon, o de Osíris, e mesmo hoje existem tribos que vivem no éon de Ísis, os compartimentos não são estanques). Os homens que viviam em meio à natureza abundante ainda não tinham desenvolvido agricultura, simplesmente colhiam as dádivas da Deusa, Politeísmo, amor filial, culto da terra, etc, como valores essenciais. Não se conhece muito a respeito das culturas verdadeiramente do éon de Ísis simplesmente porque elas não dominavam a escrita. O segundo éon se atribuiu ao deus Osíris. E é basicamente o que conhecemos por cristianismo, feudalismo, patriarcado, exploração indômita da terra, organização rígida, medo como método de coerção social, progresso científico, absolutismo, etc. Neste século ocorreu uma mudança mais brusca do que nos outros éons. O mundo está mais unificado e age mais em conjunto, apesar das diferenças. Todo o progresso científico gerou uma revolução a nível psicológico-antropológico muito maior do que nós, que só conhecemos isto, podemos notar. O individualismo não permite mais religiões de massa. A religião do futuro ou é a ausência de religião ou uma religião individualizada. As pessoas não precisam mais ser aceitas em seu grupo social para sobreviverem, como antigamente. As pessoas não dependem mais dos filhos para comerem, portanto não precisam de muitos filhos. Controlamos nossa fertilidade. Isso é um marco pouco percebido. A TV foi a última e grandiosa manifestação do éon passado, com sua pregação para as massas. Em pouco tempo, via Internet, ninguém vai assistir a mesma novela que o vizinho, a diversificação vai ser tamanha que vai ser impossível passar uma mensagem coerente no sentido de um conspiratório e paranóico domínio das massas. Enquanto a Baixa Magia ressurge em alguns movimentos, como num canto do cisne, a Alta Magia morre. Ninguém mais agüenta uma ladainha fora da realidade como a que acontece nas Igrejas, ninguém agüenta aprender hebraico e grego para chamar espíritos, estudar cabala, e ficar fazendo pose de sério dentro de um círculo. As pessoas estão cínicas e irreverentes demais para isto. Sentiriam-se ridículas fazendo isso. O futuro da magia está na física quântica e na realidade virtual. A catarse das raves prova que o homem não deixou o corpo para trás, como se esperava no éon passado. Informação é o poder do Mago moderno, que não trabalha nem com a pena tampouco com a espada, trabalha com o teclado, à velocidade da luz. O mago não trabalha na inocência ou na ordem, trabalha no Caos. E que fique entendido que isso não é evolução, progresso, melhoria. É transformação, como da pupa para borboleta ou de ser vivo para cadáver putrefato.Extraído de
Aurora Wirth
Adaptado por Spectrum
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14 setembro 2008

dOr e o Sil^nciO..]


O silêncio
nada mais do que um
receio que tortura a mente...

Tenho expelido
Somente dOr


só dor só dor só dor só dor só dor só dor



Será dor contida?

Mal partida??

Dor finjida ??

Como devo me referir
A esse peso
que não sai do meu peito

A esta dor que sinto no coração?

Será que me apeguei a situação?
Me habituei simultaneamente a ela?
Será que aprendi a me segura nas linhas de alguns vãos

Será ela real ou uma imensa ilusão?

Procuro todos os dias essas respostas,
Sem nunca me fazer as tais “perguntas”!

Mas as vozes sempre ecoam
Nunca se calam

Quando viro as costas!

Agonia e dor
vem juntas
travando em meu ser uma luta.
Sem nenhum pudor

Empurrando-me
Para a beira dum abismo sem cor

Sinto-me naufragar
num mar revolto de emoções e pensamentos...

Estou estranha da vida...
vejo perante a mim!
vácuo e fragilidade...
tragicidade e desilusão...

Tento agarrar-me nos fios de esperanças
E Grito: “Isto é mera ilusão não é verdadeiro”

É na verdade somente o silêncio
Assolando

Assoprando em eco
Os receios de dor
Pelo meu deserto


[Onegirldelicate]



................

cOrrentes que CarreGam o MedO




Sobre a hora das penitências não tenho nada a falar, além de me
Prostar para seu julgamento que de certa forma me faz cicatrizes reais e profundas em espaços que me parecem reais.
Em meio a turbilhões do passado;
Sinto o gosto do futuro;
Vale-me a mente dentro de um turbilhão parado;tudo parece claro, tudo parece mudo.
As armas estão na mesa, suplicas de vitorias que em outras eras eram dinamites, agora são guarda-chuvas protegendo nossas cabeças de tudo que parece real.
Vamos comigo salvar as almas que restam.
Controles de uma mente pelo medo,
somente para aqueles que entendem.
O tempo não está cedo,é hora de agir; se pretende.
Atento a tudo e a todos vamos viajar pelo espaço tempo.
Buscando nossas respostar nos entrelaçando com o que realmente ainda resta, sem medo e só dançando, vamos dando importância para o que realmente importa.

Você.



(jardel almeida)


.....................

13 setembro 2008

VampirOs de EnerGias..




por Vera Caballero*

Todos nós os conhecemos, sabemos
como são, como se vestem,
como agem e seus propósitos:
sugar o sangue de suas vítimas,
pois só assim sobrevivem.
Esses são os vampiros dos filmes,
seres errantesde capa preta e
grandes dentes, ávidos por sangue,
que andam pelas sombras em
busca de suas vítimas.

Mas existe um tipo de vampiro
que convivemos diariamente

- os vampiros de energia.

Eles podem ser nosso irmão,
marido ou esposa, empregado,
amigo,vizinho, gerente do banco,
ou seja, qualquer um do nosso convívio.

Eles roubam energia vital,
comum no universo, mas
que eles não conseguem receber.

Mas, afinal, por que estas
pessoas sugam nossa energia?

Bem, em primeiro lugar a maioria
dos vampiros de energia atua
inconscientemente, sugando a energia
sem saber o que estão fazendo.

Isso acontece porque elas não
conseguem absorver as energias
das fontes naturais e ficam
desequilibradas energeticamente.

Quando essas pessoas bloqueiam o
recebimento destas energias naturais
(ou vitais), precisa mencontrar outras
fontes mais próximas, que nada mais
são do que as pessoas ao redor.

Na verdade, quase todos nós,
num momento ou outro da vida,
quando nos encontramos em um
estado de desequilíbrio,acabamos
nos tornando vampiros da energia alheia.

Como identificar e combater essas pessoas?

21. Vampiro cobrador:
cobra sempre, de tudo e todos.
Quando nos encontramos com ele,
já vem cobrandoo porquê não
lhe telefonamos ou visitamos.
Se você vestir a carapuça e
se sentir culpado, abrirá asportas.
O melhor é usar de sua própria
arma,cobrando de volta e
perguntando por que ele não
liga ou aparece.
Deixe-o confuso, sem tempo
para retrucar e se retire rapidamente.

2. Vampiro crítico:
crítica tudo e todos, e o pior
que é só critica negativamente.
Vê a vida somente pelolado sombrio.
A maledicência tende a criar
na vítimaum estado de alma
escuro e pesado, que abrirá
seu sistema para que a energia
seja sugada. Diga "não "à suas
críticas e nunca concorde com ele.
A vida não é tão negra assim.
O melhor é cair fora e cortaro contato.

3. Vampiro adulador:
o famoso puxa-saco.
Adula o ego da vítima,
cobrindo-a de elogios falsos,
tentando seduzi-la.
Muito cuidado para não dar
ouvidos ao adulador,
pois ele espera que o
orgulho da vítima abra as
portas da aura para sugar aenergia.

4. Vampiro reclamador:
reclama de tudo e de todos.
Opõe-se a tudo, exige,
reivindica, protesta sem parar.
O mais engraçado é que
nem sempre dispõe de argumentos
sólidos e válidos para justificar
seus protestos. A melhor tática
é deixá-lo falando sozinho.

35. Vampiro inquiridor:
sua língua é uma metralhadora.
Dispara perguntas sobre tudo
e não dá tempo para que a
vítima responda. Na verdade
ele não quer respostas mas
sim desestabilizar o equilíbrio
mental da vítima, perturbando
seu fluxo depensamentos.
Para sair de suas garras,
não se ocupe à procura de respostas.
Reaja fazendo-lhe uma pergunta
bem pessoal, contundente e procure
se afastar assim que possível.

6. Vampiro lamentoso:
são os lamentadores profissionais,
que anos a fio choram sua desgraças.
Para sugar a energia da vítima,
ataca pelo lado emocional e afetivo.
Chora, lamenta-se e faz detudo
para despertar pena. É sempre o
coitado, avítima. Corte suas
lamentações dizendo que não
gosta de queixas, pois elas
não resolvem situaçãoalguma.

7. Vampiro pegajoso:
investe contra as portas
da sensualidade e sexualidade da vítima.
Parece um polvo querendo envolver
a pessoa com seus tentáculos.
Ele suga a energia seduzindo ou
provocando náuseas e repulsa.
Nos dois casos você estará
desestabilizado e vulnerável.
Invente uma desculpa e fuja rapidamente.

8. Vampiro grilo-falante:
a porta de entrada que ele
quer arrombar é o seu ouvido.
Pode falar durante horas, e
enquanto mantém a atenção
da vítimao cupada, suga
sua energia vital. Para livrar-se
invente uma desculpa,
levante-se e vá embora.

49. Vampiro hipocondríaco:
cada dia aparece comum a doença nova.
É desse jeito que chama aatenção
dos outros, despertando preocupação
e cuidados. Enquanto descreve
os pormenores de seus males e
conta seus infindáveis sofrimentos,
rouba a energia do ouvinte,
que depois sente-se péssimo.

10. Vampiro encrenqueiro:
para ele o mundo é um campo de batalha
onde as coisas só são resolvidas na
base do tapa. Quer que a vítima
compre sua briga, provocando
nela um estado raivoso, irado e
agressivo. Esse é um dos métodos
mais eficientes para desestabilizar
a vítima e roubar-lhe a energia.
Não dê campo para a agressividade,
procure mantera calma e corte
laços com este vampiro.

Bem , agora que você já conhece
como agem osvampiros de energia,
livre-se deles o mais rápido possível.
Mas, não esqueça de verificar se
você, semquerer é obvio,
não faz parte dessa lista...

"Vera Caballero é jornalista,
orientadora metafísica,
e professora de bioenergias
e proteção psíquica"


...............

Em * Min..


O CORVO *
(de Edgar Allan Poe) adaptado

Numa meia-noite agreste, quando eu lia,
lenta e triste,Vagos, curiosos
tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o
que parecia O som de algúem
que batia levemente a meus
umbrais."Uma visita", eu me disse,
"está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

O fogo, morrendo negro, urdia
sombras desiguais.Como
eu qu'ria a madrugada,
toda a noite aos livros da
daP'ra esquecer (em vão!) a ausência
Essa cujo nome me faz querer ainda mais (...)

Não espero nadamomentos, um noite e nada mais

A treva enorme fitando, fiquei
perdida receando,Dúbio e
tais sonhos sonhando que
os ninguém sonhou iguais.

Mas a noite era infinita,
a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita
foi um nome cheio de ais -

(ai)

Eu o disse, o nome dela,
e o eco disse aos meus ais.

"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que,
com muita negaça,Entrou
grave e nobre um corvo
dos bons tempos ancestrais.

Não fez nenhum cumprimento,
não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento
pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena
que há por sobre meus umbrais,

Foi, pousou, e me fez querer espera

"Algo mais".

E esta ave estranha e escura
fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus Ares rituais.

"Tens o aspecto tosquiado", disse eu,
"mas de nobre e ousado,Ó velho corvo
emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."

Disse o corvo, "Algo mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro
falar tão claro,Inda que pouco s
entido tivessem palavras tais.

Mas deve ser concedido que
ninguém terá havido Que
uma ave tenha tido
pousada nos meus umbrais,

Ave ou bicho sobre o busto
que há por sobre seus umbrais, (...)"

Eu, sou o "Algo mais"

E o que era Dor virou poesia
em (mim) Hoje espero "Algo mais"


Creio na poesia, no Amor, na Morte



.................

12 setembro 2008

Só dÓi quandO respirO..!



Preciso me manter longe de mim mesma,
antes que eu acabe me machucando.
Todos sabem que crianças
não devem brincar com fogo.

Preciso me levar para passear
e ver se me distraio e traio
o que venho sentindo,
se esqueço do que me
preenche e consigo fazer
de conta que isso tudo
aqui não é comigo e que,
apesar das evidências
empíricas em contrário,
não vai durar para sempre.

Preciso urgente de uma viagem
para longe da minha vida que
me leve a lugares desconhecidos,
desses onde eu não queria estar,
para ver se encontro lá um outro
eu e reencarno viva para parar
de matar meu futuro a ferro, fios e cortes.

Preciso tomar um porre de algo
forte que me faça perder o norte,
essa única direção conhecida,
e ver se cambaleando a esmo
entre vazios encontro
o rumo de mim mesma.


................

11 setembro 2008

"Íncubus / Súcubus"


Os Íncubus e os Súcubus são
demônios medievais que
segundo foi relatado mantinham
relações sexuais com seres
humanos durante a noite.

Íncubus/demônios masculinos

Súcubus/demônios femininos

O Bem/Mal

Necessário..
Fazer a criança chorar
para que o ar entre em
seus pulmões ao nascer...
é o primeiro necessário

Luxuria/pecado

Quer ir até o fim?.....

Terceiro pecado capital: Luxúria
Definição do dicionário:
substantivo feminino,
derivado do Latim
Luxuria.
libertinagem;
sensualidade;
lascívia.

Pode também ser definido
como viço nas plantas;
exuberância de seiva

Luxúria é a libertinagem
lascívia exuberância sensualidade
o viço das plantas..

Entendemos a Luxúria como
uma exuberância dos sentidos
da sexualidade uma embriaguez
do corpo e da alma das sensações

Pecar por Luxúria seria ser
possuído pelo desejo desmedido
de obter a magnificência dos
sentidos e da sensualidade

Luxuria é a busca desmedida
que o prazer nos leva..
É perder-se e ..
Encontrar-se assustado e fas-cinado..

O sofisticado pecado da Luxúria
é uma orgia do sentir com grande
refinamento sensual necessita
de tempo qualidade magia dos
sentidos liberdade de
criação e abundância

É a condição de quem
não tem medo da falta..

Falta..?

(A) Luxuria É x Não existe

FaltaLuxúria a nível do corpo
do sentir em geral é algo muito
distantepara o homem comum

Tão distante quanto os festins
árabes ou ciganos que tentamos
trazer até nós como
a dança do ventre etc

Tão encantados e longínquos
como os sofisticados
rituais gregos
A sociedade grega parece
que conheceu a liberdade
de usufruir das delícias
da sensualidade do corpo
da mente e da essência da vida

É possível que nos seus banquetes as

“Symposias”

houvesse sensualidade e estímulos
suficientes para que os homens
gregos e suas Hetairanes
sucumbissem ao pecado da Luxúria

É preciso se entregar às nuanças
do inesperado às sutilezas sensoriais
da qualidade e as altas voltagens do prazer

Tem uma fábula onde a formiga se
torna irada diante da inacessível
e incompreensível luxúria da cigarra

A cigarra que usufrui até morrer
do prazer de cantar
Que assim como os personagens do filme

“Império dos Sentidos”

transgridem os limites possíveis
para usufruírem até a morte
narcotizados pelo pecado da Luxúria..

O homem atual vive como a Formiga
apenas vê e imagina a Luxúria mas
não corre o risco de cometer o
pecado porque sua vida está
aquém da condição de ser
possuído pela Luxúria..

Aquém de usufruir da sensualidade
e abundância de estar vivo
para se dispor a morrer..

Quer ir até o fim?.....

É preciso ter coragem pra se entregar..

Esta preparado?

A-bismo
Abissal
Fossas-Marinhas
Perco o juízo
Peco todas A-s noites
Todos os dias
Seu corpo Agua-BentaA (me) Queimar

Estou no inferno Boca seca
Tenho sede
Vem GozaVermelho
tingeMinha luxúria
mata minhaFome mendigo

Um pedaço seu
Para cobrir
Meus pecado
(Me) Cubra
(Me) Toque

Con-ta-to Ato - Fato - Consuma!

Mantém a alma sensível e o
corpo animal numa unidade
para que não possam separar-se.

Quando afugentares as visões
misteriosas de tua imaginação
poderás então tornar-te sem mácula.

Aquilo que dá vida não
reclama qualquer posse.
Beneficia mas não exige gratidão
Comanda mas não exerce autoridade.
Eis a chamada

“qualidade misteriosa”.

“Luxúria - O homem que abusa
de seu próprio corpo não terá
sossego enquanto não acender
uma fogueira, e o fogo em sua
alma só se apagará depois de
ter devorado alguma coisa.”
[Tao Te King]

Abwun d’bwashmaya
Nethqadash shmakh
Teytey malkuthakh
Nehwey tzevyanach
aykanna d’bwashmaya
aph b’arha. Hawvlan
lachma d’sunqanan
yaomanaWashboqlan
khaubayan (wakhtahayan)
aykana daph khnan
shbwoqan l’khayyabayn
Wela tahlan l’nesyuna
Ela patzan min bisha
Metol dilakhie malkutha
wahayla wateshbukhtal’
ahlam almin.
Ameyn..

[Pai Nosso em Aramaico]

HÔVLAN LÁCMA D'SUNCANÁN IAOMÁNA

"Do diário de uma prostituta:
Ganho 350 francos suíços para
passar uma hora com um homem.
Estou exagerando. Se descontarmos
tirar a roupa, ensaiar algum
falso carinho, conversar alguma
coisa óbvia, vestir a roupa,
reduziremos este tempo para
onze minutos de sexo
propriamente dito.
Onze minutos.
O mundo gira em torno de
algo que demora apenas onze minutos.

Quer ir até o fim?.....

É sujo escuro x fascinante

Reze de Joelhos

(Á) Asmodeus


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