Nada mais que uma ilusão, um sonho horrível
Algo temível avançou sobre o banquete feliz
E deixou os espíritos numa consternação selvagem
Os próprios deuses não conheciam respostas ou conselhos,
Para infundir consolo nos corações sufocados
A senda do monstro era misteriosa e sem rumo,
Cuja fúria não se aplacava com preces e sacrifícios;
Era a morte que invadiu o banquete com medos
Com angústia, dores cruéis e lágrimas amargas
Agora separados eternamente de tudo
Que inclina o coração à felicidade fluente do prazer
Separados dos que amam, os corações partidos
Em vão saudosos e em desespero sem fim
- Lutam em sonho tristonho
Parecia que tudo era posse da morte profunda!
Que rompeu a vaga próspera da glória do homem
No rochedo inevitável da Morte.
Em vôo ousado, vão ao alto as asas do Pensamento
Os homens cobrem a coisa horrível com o manto da beleza:
Uma bela jovem apaga a vela, para dormir
O fim aproxima-se suavemente, como o lamento do alaúde do amante
Uma sombra fria rasteja sobre a memória:
Assim dizia a canção, pois Miséria a movia.
Ainda indecifrável jaz a Noite interminável
- O símbolo solene de um Desejo distante.
[Novalis]
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