13 setembro 2008

Em * Min..


O CORVO *
(de Edgar Allan Poe) adaptado

Numa meia-noite agreste, quando eu lia,
lenta e triste,Vagos, curiosos
tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o
que parecia O som de algúem
que batia levemente a meus
umbrais."Uma visita", eu me disse,
"está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

O fogo, morrendo negro, urdia
sombras desiguais.Como
eu qu'ria a madrugada,
toda a noite aos livros da
daP'ra esquecer (em vão!) a ausência
Essa cujo nome me faz querer ainda mais (...)

Não espero nadamomentos, um noite e nada mais

A treva enorme fitando, fiquei
perdida receando,Dúbio e
tais sonhos sonhando que
os ninguém sonhou iguais.

Mas a noite era infinita,
a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita
foi um nome cheio de ais -

(ai)

Eu o disse, o nome dela,
e o eco disse aos meus ais.

"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que,
com muita negaça,Entrou
grave e nobre um corvo
dos bons tempos ancestrais.

Não fez nenhum cumprimento,
não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento
pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena
que há por sobre meus umbrais,

Foi, pousou, e me fez querer espera

"Algo mais".

E esta ave estranha e escura
fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus Ares rituais.

"Tens o aspecto tosquiado", disse eu,
"mas de nobre e ousado,Ó velho corvo
emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."

Disse o corvo, "Algo mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro
falar tão claro,Inda que pouco s
entido tivessem palavras tais.

Mas deve ser concedido que
ninguém terá havido Que
uma ave tenha tido
pousada nos meus umbrais,

Ave ou bicho sobre o busto
que há por sobre seus umbrais, (...)"

Eu, sou o "Algo mais"

E o que era Dor virou poesia
em (mim) Hoje espero "Algo mais"


Creio na poesia, no Amor, na Morte



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