01 outubro 2008

"Num Monumento á Aspirina"

Claramente: o mais prático dos sóis, o sol de um comprimido de aspirina: de emprego fácil, portátil e barato, compacto de sol na lápide sucinta.
Principalmente porque, sol artificial, que nada limita a funcionar de dia, que a noite não expulsa, cada noite, sol imune às leis de metereologia, a toda hora em que se necessita dele levanta e vem (sempre num claro dia) : acende, para secar a aniagem da alma, quará-la, em limbos de um meio-dia. Convergem: a aparência e os efeitos da lente do comprimido de aspirina: o acabamento esmerado desse cristal, polido a esmeril e repolido a lima, prefigura o clima aonde ele faz viver e o cartesiano de tudo nese clima. De outro lado, porque lente interna, de uso interno, por de trás da retina, não serve exclusivamente para o olho a lente, ou o comprimido de aspirina: ela reenfoca, para o corpo inteiro, o borroso de ao redor, e o refina.


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Um comentário:

mitro disse...

Descobre-se que faz bem a tudo!