29 novembro 2008

DOR___SIL^NCIO

De ontém até agora eu fiquei às avessas...
Não percebi o que tinha me tornado
Não mais do que viva
Eu quase nem sobrevivo
Nenhuma palavra...
Não escutará nenhum som
Ela está encolhida no canto
da minha boca
Mas ainda assim
A tela está oscilando
Eu gastei muito tempo
Num raio sem-fim de lixo
para Às avessas
Até Minha pele está insensível
Um mar de imagens casuais
Ao toque humano um animal
auto-destrutivo com o coração sangrando

Esperando...

Não está batendo muito
Eu sussurrei
Um voto de silêncio e agora
Eu nem mesmo me escuto
Quando penso em voz alta
só ouço eco de dores
Visito minha escuridão
Com um sorriso vazio
Estou me arrastando de volta à vida

Todo meu sistema nervoso está fudido

Eu estou às avessas
Olhe para mim agora ! ]

De alguma forma estou
mais pálida tentando respirar...
Estou engasgando
Faz tanto tempo desde que falei
Quem quer ficar
Com as palavras da minha boca?
Com essas palavras eu posso
ver claramente quem eu sou
Apenas tome seu tempo
Agora posso me ouvir novamente

(estou presa neste amor)

Estou com você agora
Estou ferida de todas as formas

Eu fumo um cigarro
e corto meus pulsos
um sonho às avessas

Taça de vinho,
sangue e cianeto
não amputo meus impulsos
Desmaio ao devaneio no meu leito

[Tatyana]
@todos os direitos reservados

"Doces sonhos produzem isso"

vivendo às avessas

"Peregrinei Onde toda dor
Certo dia Só terá sabor de prazer
Mais alguns momentos
E estarei livre Intoxicado
Na mentira envolvente do amor
A vida eterna
Surge qual onda diante de mim
Observo do cume
Observo a ti Ó Sol,
deves desvanecer Sob a colina
Uma sombra irá trazer-te
Irada frieza Ó,
atire em meu coração amor
Atire até que eu me vá
Até que adormecido
Ainda ame!
Eu sinto o fluxo da Correnteza da
jovem e generosa morte
Que transforma meu sangue
Em bálsamo e éter!
Com fé e vontade
Eu vivo os dias
Com um êxtase sagrado
Morro a cada anoitecer"

[Novalis]


......................

2 comentários:

Anônimo disse...

palavras muito intensas

"morro a cada anoitecer...", interessante. Por isso a cada manhã ganhamos um novo despertar para a vida.

Anônimo disse...

Olá Sandrinha, texto sempre surpreendente. Eu adorei seu gato preto. Muita paz e harmonia para você.

Forte abraço
caurosa.wordpress.com