
a cama mais espinhosa em que me deito é a vontade de ter mais que um simples nome pela carne de minha boca de ter mais do que a pena rebuscando a intensidade de ter em meu próprio corpo, muito mais que essa roupa a cama mais espinhosa em que me deito é a saudade dessas coisas que não tenho, que não toco, que não vejo que inventam fantasias, que dispensam realidade que têm lâminas cortantes de navalhas de desejos a cama mais espinhosa em que me deito é minha alma que é fria, parca, opaca, torta, leiga, incauta, cega que usa um vocabulário sujo quando perde a calma e se vende tão barato, por bem pouco se entrega
[
ricardo]
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