22 setembro 2008

SolidãO...

As tumbas floridas, no campo sombrio,
Relembram a solidão de um triste poeta.
Nas noites escuras de vento frio,
Cantam corujas na úmida floresta.

No campo sombrio, as sombras das árvores,
Projetam-se na sepultura, triste lar dos esquecidos
Que também para os corvos são lares,
Que logo será lar dos poetas sofridos.

As águas da chuva – úmidas e frias
Caem sobre as flores, doces presentes.
Aos que jazem, uns momentos de alegria,
Que na tristeza da morte estão ausentes

A morte para o poeta seria uma benção,
De uma vida intensa de dores.
Lágrimas correm pela pálida mão
Em sua tumba, lhe aguardam murchas flores.


[Guilherme Luíz F. Rocha]
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Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Flor!

Poesia linda!

Seu blog me passa
uma melancolia tão
confortavel.

Bjs.