A Dias Paredes
Quando ela passa:
- a veste desgrenhada,
O cabelo revolto em desalinho,
No seu olhar feroz eu adivinho
O mistério da dor que a traz penada.
Moça, tão moça e já desventurada;
Da desdita ferida pelo espinho,
Vai morta em vida assim pelo caminho,
No sudário de mágoa sepultada.
Eu sei a sua história.
- Em seu passado
Houve um drama d’amor misterioso
- O segredo d’um peito torturado
- E hoje, para guardar a mágoa oculta,
Canta, soluça
- coração saudoso,
Chora, gargalha,
a desgraçada estulta.
[Augusto dos Anjos]
..........................
Rebentação
-
*mutu, “Ceifa”, in https://www.youtube.com/watch?v=emfDxqSDa_Q *
As ruas desalinhadas perguntavam ao sol pelas falas das pessoas. As ruas
estavam desert...
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