Amontoam-se palavras soltas no espaço infinito das folhas do meu caderno, pairo na dormência da inspiração. Lanço ao ar os dados deste jogo que me impus e espero que as suas pintas me ditem devaneios ao ouvido.Contemplo a Lua estranhamente calada e no brilho das estrelas que riscam o céu procuro uma centelha de imaginação. Vasculho na nostalgia da noite escura uma ideia mais audaz, que me permita soltar os desejos e entregar à caneta, os momentos que fervilham no quarto escondido das minhas loucuras.Atraso o relógio, acrescento dias que não existem ao calendário das minhas fantasias, e sento-me, na indecisão de permitir que o tempo escreva a minha história, com as memórias que ainda não vivi.Sem a bússola que me orienta o discernimento, enleiam-se o passado, o presente e o futuro, entrelaçam-se nas minhas mãos perdidas e sem norte, os dedos paralisam na apatia deste momento devoluto de sonhos.Sinto-me ausente de mim...hoje não escrevo...pra vc.
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O juro da jura
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*Cass McCombs, “The Great Pixley Train Robbery” (live on KEXP),
in https://www.youtube.com/watch?v=oD9Z5lRL6Og*
Desamanhece o estio pendurado numa folha ...
4 comentários:
Humm..humm...lindo poema..mas triste..
espero que esteja bem..
beijão minha querida
Belíssimas palavras, mas recheadas de tristeza e solidão!!
Perfeito, mas muito triste mesmo. Ainda mais eu que estou num momento que choro com qualquer coisa... Enfim...
Beijoos
é como disseram, é triste.
mas pra mim, da tristeza é q saem os mais belos versos.
= = = = = = = KAROLINA = = = = = =
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